Lisboa - Parque Botânico do Monteiro-Mor
História do Parque Botânico
do Monteiro-Mor
O parque data do século
XVIII, tendo sido mandado plantar pelo 3º Marquês de Angeja no espaço da Quinta do Monteiro-Mor. A plantação foi
supervisionada por Domenico Vandelli,
botânico italiano.
Após a venda da Quinta do Monteiro-Mor em 1840 a D. Domingos de Sousa Holstein, 1º duque de
Palmela e 1º Marquês do Faial, o parque sofreu melhoramentos, tendo sido
trazidas mais espécies raras para o jardim e recebido ornamentação de
estatuária.
O desenho de algumas áreas seguiu o traçado típico dos jardins ingleses,
populares na época. Alguns dos botânicos envolvidos nesses melhoramentos foram Friedrich Welwitsch e Jacob Weist. O parque
foi dirigido por João Batista Possidónio, discípulo de Weist, até 1912.
O jardim sofreu alguma destruição após o ciclone de 15 de fevereiro de
1941, que assolou parte da Europa ocidental, incluindo toda a Península
Ibérica.
A Quinta permaneceu propriedade da família Palmela até 4 de fevereiro de
1975, quando foi vendido ao Estado Português, tendo sofrido diversas obras de
recuperação em parte devido à pouca manutenção que havia recebido nas décadas
anteriores. (fonte: Portal do Jardim)História do Museu Nacional
do TrajeO Museu Nacional do
Traje está instalado no Palácio Angeja-Palmela,
assim denominado por ter sido sucessivamente propriedade destas duas famílias. Deve a sua traça actual ao 3º Marquês de Angeja, que aqui projectou instalar as
suas colecções de história natural, complementadas com um jardim botânico. O
projecto de remodelação da mansão já existente é parcialmente realizado, mas o
de instalação de um museu de história natural não se concretiza, embora tenha
deixado alguns vestígios arquitectónicos - o edifício que actualmente serve de
restaurante e a estufa.
Adquirido pela Família Palmela no segundo quartel do séc. XIX, continua a
servir de residência secundária e foi objecto de campanhas de requalificação
dos interiores, das quais se salienta a desenvolvida por Pereira Cão, Rambois e Cinatti, que intervieram na
decoração parietal do andar nobre. Assumindo-se inicialmente como uma
residência de Verão, de 1952 a 1955 foi residência do Coronel Lawrence Vincent More Cosgrove,
Encarregado de Negócios do Canadá em Portugal nesse período. Foi também ele
que, a 2 de setembro de 1945 e em representação do Canadá, assinou a Ata de
Rendição do Japão, a bordo do USS Missouri. Foi, depois, residência dos
proprietários.Desde 1973 que se admitia a criação do Museu Nacional do Traje e se
trabalhava no sentido de encontrar instalações próprias. Iniciaram-se nessa
altura as negociações para aquisição do Palácio Angeja-Palmela, já desocupado
pela família proprietária. Esta, temendo as ocupações que aconteceram após o 25
de Abril de 1974, propôs que o futuro Museu começasse de imediato a ser
instalado no Palácio, o que veio a acontecer em maio de 1974, tendo gerado um
interessante episódio com os ocupantes de uma propriedade vizinha.
Em 1975, o Estado Português adquire um conjunto de imóveis designado por Quinta
do Monteiro-Mor para instalação do Museu Nacional do Traje. (fonte: Museu Nacional do Traje)
Lisboa - Museu Nacional do Traje
O Museu Nacional do
Traje e as suas ColecçõesO Museu Nacional do Traje reúne colecções de traje civil, nacional e
internacional e respectivos acessórios, fragmentos de tecidos e peças de
bragal, materiais e equipamento que testemunham os processos de produção do
têxtil, do traje e acessórios. O seu acervo conta ainda com colecções de
bonecas e respectivos trajes, pintura e mobiliário, entre outras.Em fevereiro de 1974, com o sucesso da exposição O Trajo Civil em Portugal,
equacionando a questão da criação de um museu do traje e contextualizando os
estudos especializados à época, estava superado “o teste à capacidade de
resposta de eventuais doadores privados” com absoluto sucesso.Na história dos primeiros tempos que Natália Correia Guedes recorda e nos
registos do Museu Nacional do Traje datam de 1974 as primeiras ofertas de
peças, todas elas de particulares. A colecção pública que integrou o acervo
veio do Museu Nacional dos Coches, onde se tinha vindo a reunir desde 1904 uma
importante colecção de trajes provenientes da Casa Real, enriquecida por uma
longa política de aquisição e de doações. Em 1976, as doações atingiam o impressionante número de 5.000 peças, contra 507
peças adquiridas e apenas 304 peças incorporadas por transferência e
provenientes de outros museus do Estado. Actualmente pode-se afirmar que mais de 90% do acervo do museu – cerca de 38
000 peças – do museu provém de doações. As variadas colecções em que se organiza este vasto acervo representam
essencialmente o traje civil e respectivos acessórios, do século XVIII à
actualidade, documentando a evolução das formas de vestir neste período, e representando sobretudo o modo de vestir da aristocracia e alta ou
média burguesia. O traje popular, quase ausente das colecções aquando da criação do Museu, não
sofre grandes variações de moda e é transformado, adaptado e usado até ao fio,
não se conhecendo exemplares de épocas muito recuadas. O traje feminino representa o maior núcleo da colecção, associado a todo o
tipo de acessórios. Completa-se com a colecção de traje interior, abundante e
representativa dos séculos XIX e XX. O traje masculino está também presente,
com predominância para as épocas em que a seda e o linho tinham primazia. Uma
interessante coleção de traje de criança completa o núcleo do traje civil. (fonte: Museu Nacional do Traje)Lisboa - Museu Nacional do Traje
História do Museu Nacional
do Teatro e da DançaDesde o início do século
XX que se assinalam tentativas dispersas, tendentes à criação de um Museu do
Teatro, assim procurando preservar a tão efémera memória das Artes do
Espectáculo. No entanto, só em 1979, com a organização de uma grande exposição
teatral dedicada à célebre "Companhia Rosas & Brasão (1880-1898)"
foi possível concretizar essa aspiração. Começaram a partir de então a ser
reunidas as colecções do futuro Museu, quase todas provenientes de doações,
sendo o Museu oficialmente criado em 1982.Em 4 de Fevereiro de 1985, o Museu Nacional do Teatro da Dança foi
inaugurado, ficando instalado num edifício do século XVIII, o antigo Palácio do
Monteiro Mor, que, para esse fim, fora rigorosamente recuperado e adaptado. e a
18 de maio de 2015 o Museu Nacional do Teatro e da Dança passou a designar-se
por Museu Nacional do Teatro e da Dança. As colecções do Museu, cuja constituição começou, a partir do zero, em 1979,
têm actualmente cerca de 300 000 espécies, englobando a totalidade das artes do
espectáculo, e incluem trajos e adereços de cena, maquetes de cenário,
figurinos, desenhos, caricaturas, pinturas, esculturas, programas, cartazes,
recortes de jornal, manuscritos, discos, partituras, até um conjunto de cerca
de 120 000 fotografias. O Museu tem apresentado sempre exposições temporárias dedicadas a
companhias teatrais, personalidades ligadas ao mundo do espectáculo, e ainda a
aspectos menos conhecidos do trabalho teatral em toda a sua diversidade,
estando actualmente em preparação a montagem de um núcleo permanente dedicado à
história e evolução do Teatro e das Artes do Espectáculo em Portugal.Numa galeria situada em anexo, o Museu continua a apresentar exposições
temporárias, através das quais vai procurando mostrar, quer os principais
acervos das suas colecções, quer de outras colecções nacionais ou
internacionais. No edifício principal do Museu está instalada a biblioteca, também dedicada em
exclusivo às artes do espectáculo, com cerca de 35 000 volumes, considerada a
mais vasta e completa neste domínio, em Portugal. No mesmo edifício existe um auditório com cerca de 80 lugares, equipado com projetor
de vídeo e de diapositivos, e equipamento de som e de luz. (fonte: Museu Nacional do Teatro e da Dança)
Lisboa - Museu Nacional do Teatro e da Dança
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