Pela Agência de Viagens Tryvel fizemos este excelente programa, em que a
organização e acompanhamento esteve a cargo do amigo Vitor Casul. Fomos
também com os amigos Judite, Laura e Renato.
1º Dia
A viagem começou bem cedo, saindo de Sete Rios
pelas 7,30h. O destino deste dia foi Cidade Rodrigo, Espanha
onde chegámos por volta da hora do almoço.
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| Espanha - Cidade Rodrigo |
Ciudad Rodrigo
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Declarada Conjunto Histórico-Artístico, é
uma vila fortificada situada no oeste da província de Salamanca. Seus muros encerram um rico património de
edifícios civis e religiosos, com destaque para a Catedral e o Castelo. A actual localização de Ciudad Rodrigo,
numa montanha rochosa às margens do rio Águeda, esteve povoada desde o período
Neolítico. No século VI a.C., os vetões, uma tribo de origem celta, fundaram a
cidade de Miróbriga e se estabeleceram neste local. Quatro séculos depois, os
romanos conquistaram a cidade, que passou a se chamar Augustóbriga, em
homenagem ao imperador Otávio César Augusto. Testemunhas daquela época são as Três
Colunas, um enigmático monumento que continua em pé na entrada da cidade. Após ser objecto de disputas entre árabes e
cristãos durante séculos, esta fortaleza foi repovoada no ano 1100 pelo conde
Rodrigo González Girón, que lhe deu seu nome definitivo. Fernando II, rei de
Léon, terminou o repovoamento da área e empreendeu ambiciosos projectos, entre
eles a fortificação da cidade e a restauração da antiga ponte romana. Ao mesmo
tempo, no seu reinado a cidade voltou a ser a sede episcopal e começaram as
obras na Catedral. As principais edificações do seu centro
histórico, declarado Conjunto Histórico-Artístico, datam dos séculos XV ao XVI,
época em que a cidade viveu um grande período de esplendor. A fisionomia da cidade é definitivamente
marcada pela imponente muralha medieval que a rodeia. Foi erigida no século XII
durante o reinado de Fernando II, embora tenha sofrido posteriores remodelações
no século XVIII. O recinto muralhado tem mais de dois quilómetros de perímetro
e conta com sete portas, sendo as mais antigas a do Sol e a de Santiago. A
Catedral é o edifício religioso mais importante de Ciudad Rodrigo. A sua
construção começou no ano de 1165 e não foi finalizada até 1550, o que
evidencia uma mistura de estilos artísticos. (fonte: Tryvel) Antes do almoço tivemos oportunidade de visitar
a Catedral de Santa Maria. Cidade Rodrigo - Catedral de Santa Maria Cidade Rodrigo - Catedral de Santa Maria A catedral de Santa Maria está situada na
zona noroeste do tecido urbano de Ciudad Rodrigo, destacando-se dentro do
recinto fortificado. A história desta importante vila não pode ser separada da
história da sua Sé, pois a esta estão vinculados os seus principais
acontecimentos. Apesar da sua extraordinária categoria patrimonial, já que
representa uma mostra eminente da arquitetura tardo-românica e gótica, é um
edifício que não é suficientemente conhecido A sua construção iniciou-se a meados do
séc. XII, impulsionada por Fernando II de León. Quatro portais de grande valor
dão acesso ao interior deste belo edifício, no qual também se podem destacar
diversos elementos do séc. XIV ao XVI, tais como várias das suas capelas, as
grandes janelas da nave, o cadeiral do coro e o claustro gótico O seu forte carácter fez com que a catedral
continuasse a manter um papel defensivo quando Isabel, a Católica, subiu ao
trono e passados anos durante a Guerra das Comunidades. Até à construção do Alcácer
em 1372, a catedral cobriu as necessidades militares da vila, contando com uma
ilustre “Torre de Defesa”, erigida ao lado do muro ocidental e que foi demolida
depois de 1520. A torre que existe na atualidade, de finais do séc. XVIII, tem
mostras patentes de projéteis da Guerra da Independência, veio substituir a que
desapareceu previamente durante o terramoto de Lisboa e oculta
a Puerta del Perdón ou da Glória, uma das joias góticas
desta igreja. A catedral apresenta planta de cruz latina e ao lado da
sua nave conta com o Museu Diocesano e Catedralício, que recolhe uma importante
coleção de património móvel. (fonte: Românico Atlântico) Após esta visita fomos almoçar no Hotel Conde Rodrigo I, situado na Plaza San Salvador. Cidade Rodrigo - Hotel Conde Rodrigo I Depois do almoço fomos passear um pouco pelo centro da cidade antes de retomarmos a nossa viagem em direcção a La Alberca na Sierra de Francia, mas antes desse destino visitámos ainda a Ganadaria La Roblicita. La Roblicita é uma herdade situada no termo
municipal de Aldehuela de Yeltes, a 65 km de Salamanca, nas margens do rio
Yeltes e no coração do Campo Charro. Os típicos montes de azinho também
alimentam, na época da bolota, os porcos ibéricos. Do mesmo modo, pastam
nestas terras os bovinos da ganadaria Torrealba, de pura origem Domecq. O montado Roblicita, ao qual se pode aceder
através de Aldehuela de Yeltes ou de Alba de Yeltes, conta com amplas
instalações, com uma sala de estar/jantar, um museu, uma loja de souvenirs,
assim como acessos para pessoas com mobilidade reduzida.
A herdade conta com uma longa experiência
no sector turístico, recebendo em média 2.500 visitas anuais. Uma vez no
terreno, o visitante pode conhecer ao vivo a criação, seleção e modo de vida do
touro bravo. Pode desfrutar também da competição de acosso e derriba, dos
tentadeiros e de outras atividades camperas. Salamanca - Ganadaria La Roblicita Nesta ganadaria tivemos oportunidade de estar
no meio dos touros bravos, a ganadaria disponibiliza transporte para deslocação
até ao local onde pastavam os touros. Realçar que as viaturas eram compostas
por carro e atrelado blindado, mais vale prevenir do que remediar, assim
ninguém apanha com uma cornada dos touros. Depois desta visita dirigimo-nos então para a
aldeia histórica de La Alberca, chegámos já perto da hora do jantar, ficámos
hospedados no Hotel Dona Teresa. 2º DiaApós o pequeno-almoço dirigimo-nos para o Hotel Termal Abadia dos Templários, nos arredores de Alberca do mesmo grupo do hotel
onde estávamos hospedados, onde foi proporcionada uma ida ao SPA ou um passeio
pelo maravilhoso parque envolvente. La Alberca - Hotel Termal Abadia dos Templários Este Hotel de estilo medieval fica no coração do Parque Natural de Las Batuecas está rodeado por castanheiros antigos. Também
tem ótimas comodidades e com vista para a paisagem rural. Depois desta manhã relaxante, ou de percorrer a
sua extensa área envolvente, regressámos ao Hotel Dona Teresa. De tarde passeámos pelas ruas da aldeia histórica de La Alberca com uma guia
local. Espanha - La Alberca Espanha - La Alberca La Alberca é, sem dúvida, umas das mais
belas localidades da Serra de França e a primeira localidade espanhola
declarada Conjunto Histórico em 1940. Os extensos carvalhais e as variadas árvores
de fruto rodeiam o casario de La Alberca, sob a proteção da emblemática Penha
de França e da sua Virgem morena. A sua arquitetura tradicional de entramado
serrano projeta as casas em direção ao céu, conservando os escudos e as
inscrições medievais. A “moça de ánimas” canta a suas orações ao anoitecer ao
som do seu pequeno sino, enquanto o marrano Santo Antão corre pelas ruas
empedradas ao redor da igreja paroquial da Nossa Senhora da Assunção. As festas são únicas e irrepetíveis, com
autos sacramentais como a Loa, que acompanha o Ofertório em Agosto, o Corpus ou
o Dia do Trago ou do Estandarte. São pretextos ideais para visitar a localidade
e desfrutar da tradição, da extraordinária joalharia e indumentária festiva
ostentadas pelos seus habitantes. O alto do Portillo permite descobrir o mágico vale de
Las Batuecas: carvalhos, medronhos, antigas ermidas e o mosteiro do Deserto de
São José convidam ao passeio e à abstração, tal como indica o dito “estar nas
Batuecas”. (fonte: Salamancaemocions) Depois deste programa descansámos um pouco antes da hora do jantar no hotel. 3º DiaIniciámos este dia com a subida à Sierra de
Francia para visitar o Santuário e Mosteiro da Virgem Negra e vislumbrar a
linda paisagem. Sierra de Francia - Mosteiro e Santuário da Virgem Negra Ao chegar à Serra de França, o viajante
distingue rapidamente o inconfundível perfil deste maciço rochoso de 1.723
metros de altura. No alto, eleva-se um santuário dominicano
que acolhe a Virgem Morena, padroeira da província salmantina. Uma hospedaria e
vários miradouros completam o conjunto. O topónimo França está relacionado com o
repovoamento medieval destas paragens com gentes vindas de terras longínquas.
Segundo a lenda, foi um estudante francês, Simón Vela, quem encontrou numa
gruta a figura da Virgem em 1434. Em sua homenagem, celebra-se uma romaria no
dia 8 de Setembro. Uma estrada sinuosa conduz-nos até ao ponto mais alto,
abandonando parcelas de carvalhos e pinheiros. Recomenda-se subir e
contemplar a paisagem, num horizonte de perder de vista até encontrar as terras
extremenhas. Pelo caminho, não é estranho encontrar exemplares de cabras montesas
que tomam conta da zona. (fonte: Salamancaemocions) A
Virgem Negra É na Paris Medieval que encontramos a origem da nossa história de hoje. Aí, a Virgem Maria apareceu a um jovem estudante de nome Simon Vela, dizendo-lhe para percorrer o mundo, a fim de encontrar uma imagem sua que estaria numa penha. Simon percorreu os mais altos picos da Europa até chegar a Salamanca, onde alguém lhe falou de um penhasco situado a cerca de 80 quilómetros da cidade, conhecido, entre outras coisas, por aí se fabricar carvão. Para aí partiu o jovem e aí encontrou, no cimo da montanha, numa gruta, a imagem que o levara a percorrer todo o continente europeu: uma Virgem Negra, com um menino ao colo igualmente negro, vestida com um manto branco imaculado. Resolveu, então erguer aí uma pequena cabana onde entronizou a Virgem que passou a ser adorada pelas pessoas das redondezas. Surgia assim, a 1723 metros de altitude na Peña de Francia, o mais elevado santuário mariano do mundo. (fonte: Historiasesabores) Finda esta visita dirigimo-nos para San Martin del Castañar e percorremos as ruas desta
interessante localidade também considerada o um conjunto histórico. Espanha - San Martin del Castañar Espanha - San Martin del Castañar O nome da localidade faz referência ao
período de repovoamento de gascões que, na época medieval, chegaram até à Serra
de França. Daqueles tempos, perduram nomes, topónimos e invocações nas
localidades do município. Rodeado de densas florestas e terrenos
férteis, os seus telhados cobrem o casario, no qual sobressai o campanário da
igreja e a figura recortada da que foi, outrora, a airosa torre de homenagem do
castelo. É um património que se desfruta ao passear
pelas suas ruas. Não é em vão que San Martín del Castañar foi declarado
Conjunto Histórico. O percurso pode iniciar-se a partir da fonte do concelho e
do portão e permite descobrir exemplos interessantes da arquitetura tradicional
de entramado serrano, antigas casas brasonadas e a igreja com um belíssimo
artesoado mudéjar. Um pouco mais adiante, encontra-se a antiga
praça de touros, situada na praça de armas do castelo, atualmente Centro de
Interpretação da Reserva da Biosfera das Serras de Béjar e França. No outro extremo da localidade, encontra-se um dos
espaços mais sugestivos de San Martín de Castañar, um idílico lugar de descanso
e passeio pela ponte, pelo parque, pelas lápides romanas, pelos restos da
calçada e pelas velhas ermidas. (fonte: Salamancaemocions) Regressámos a La Alberca para almoçar no hotel. Depois de almoço dirigimo-nos para Mogarraz também considerada um conjunto Histórico muito
interessante pelas suas características. Espanha - Mogarraz Espanha - Mogarraz Caminhando pelas ruas de Mogarraz o
que nos atrai fortemente a atenção é a exposição de
retratos que adornam as fachadas das casas e da igreja. São
mesmo quadros onde estão pintados os rostos dos antigos moradores da povoação. Tudo começou em 1967, quando Alejandro
Martín Criado fotografou todos os moradores do município, para que
formalizassem o seu documento de identidade. Em 2008, o pintor
local Florencio Maíllo recuperou este arquivo fotográfico,
transformando-o numa galeria de arte a céu aberto, literalmente. São cerca de
400 obras distribuídas pelas ruas de Mogarraz. É fascinante! À entrada da aldeia encontramos a Cruz
dos Judeus (século XVII), localizada ao lado da Ermita
del Humilladero (século XIII). Na parte de trás está a Fuente
del Humilladero. Outro local de interesse é a Torre
del Campanario (século XVII). A torre está isenta da igreja e
sugere uma função defensiva. A praça principal da aldeia, onde os habitantes locais se juntam
ao final do dia é o local ideal para descansar ou beber um refresco. (fonte: Sapo Viagens) Depois desta interessante aldeia seguimos para Miranda del Castañar. Espanha - Miranda del Castañar Declarado Conjunto Histórico, Miranda del
Castañar ergue-se sobre um promontório rochoso, em pleno coração da Serra de França.
As suas sólidas muralhas ladeiam a localidade, onde se destacam as solenes
torres de Homenagem do castelo e a contígua torre dos sinos separada da igreja
paroquial. A antiga praça de armas da fortaleza,
transformada em praça de touros durantes as épocas festivas, e o antigo armazém
conduzem ao interior da vila através da porta de San Ginés. Um passeio pela rua
Derecha permite descobrir casas com escudos nobres como a do Escrivão, Los
Tejeda, os Talhos ou a própria Prisão. No fim da rua, podemos sair da muralha pela
porta do Postigo e percorrê-la ao longo do seu muro exterior. Portas, ruelas e
passagens remontam o viajante ao passado e relembram outras culturas que aqui
conviveram, como a árabe ou a judaica. Recomendam-se os passeios pelas fontes, cruzeiros e
ermidas, como a de Nossa Senhora da Costa, protagonista da festa local em
Setembro. (fonte:Salamancaemocions) Regressámos então ao hotel para jantar. Este dia só terminou com uma ida à discoteca do
Hotel Abadia dos Templários. Um momento de confraternização e diversão. 4º DiaNo último dia deste programa depois do pequeno almoço saímos do hotel e seguimos para o Parque Natural " Arribes del Duero" para disfrutar de um Cruzeiro Fluvial até à Represa de Adeadávila, um passeio de 1 hora e meia onde pudemos observar a fauna, flora, geologia, etnografia e outros aspetos das arribas. Espanha - Parque Natural "Arribes del Duero" Espanha - Parque Natural "Arribes del Duero" O Parque Natural das
Arribas do Douro (em castelhano Parque
Natural de Arribes del Duero) é uma área verde protegida
localizada no oeste espanhol, nomeadamente a noroeste da província de
Salamanca e sudoeste da província de Samora, na comunidade autónoma
de Castela e Leão, junto à fronteira portuguesa. No lado português
corresponde-se com o Parque Natural do Douro Internacional. A denominação de Arribas
aplica-se localmente à geografia dos rios Águeda, Douro, Esla, Huebra, Tormes e
Uces. O topónimo em língua castelhana faz uso da
palavra arribes e não arribas, o que demonstra a particularidade
das falas da Serra de Gata, de origem asturo-leonesa. Em quase toda a área protegida, os canhões
dos cursos fluviais dos rios Douro e Águeda fazem de fronteira
natural entre Espanha e Portugal. A Junta de Castela e Leão colocou este
território na sua rede de parques naturais no 11 de abril de 2002. O
governo português fez o mesmo com a sua parte um pouco antes, no 11 de maio de
1998, sob o nome de Parque Natural do Douro Internacional. No 9 de junho de 2015, os dois parques são
considerados reserva da biosfera transfronteiriça pela Unesco sob a denominação
de Meseta Ibérica, junto a outras várias zonas protegidas espanholas e
portuguesas, salientando o Parque Natural Lago de Sanabria y sierras Segundera
y de Porto em solo espanhol e o Parque Natural de Montezinho na parte
lusa, bem como distintos espaços da Rede Natura 2000. Os grandes desníveis da sua orografia, o
alto vazão do Douro e os numerosos rios que nele desaguam, tornam esta zona um
dos locais de maior potencial hidroelétrico da península ibérica toda. É por
isto que foi construída uma rede de barragens e albufeiras conhecida
como Saltos do Douro. A sua peculiaridade orográfica é também a razão da
existência de um inusual microclima mediterrâneo que contribui à diversidade
vegetal e faz do parque um local idóneo para o abrigo da fauna selvagem,
nomeadamente para as aves. A sua localização fronteiriça, distante das grandes
povoações e com poucas infraestruturas, vai causar um processo contínuo de
despovoamento das suas aldeias, embora que também permitiu a conservação de um
amplio património histórico, cultural e natural, entre os que salientam a sua
paisagem, arquitetura e tradições. Nos últimos anos, com a criação do parque
natural, chegaram algumas iniciativas de investimento ligadas ao turismo e o
comércio minorista transfronteiriço. Esta ocorrência evidenciou que seja
preciso garantir e privilegiar o seu hábitat natural, o seu património e as
suas tradições socioculturais, principais ativadores da sua economia. (fonte: Wikipédia) Finalizado este cruzeiro almoçámos num
restaurante local. Iniciámos então a nossa viagem de regresso a Portugal,
chegando a Lisboa ao final da tarde muito satisfeitos com o excelente programa
da viagem e pelo ótimo tempo de outono que esteve durante toda a
viagem. |
















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