Fizemos uma visita ao Museu Bordalo Pinheiro,
que não conhecíamos.
Esta visita, programada pelo Museu, foi guiada para nos dar
a conhecer a vida e obra de Rafael Bordalo Pinheiro (1846/1905).
Raphael
Bordallo Pinheiro é uma
das personalidades mais relevantes da cultura portuguesa oitocentista, com uma
produção notável designadamente nas áreas do desenho humorístico, da caricatura
e da criação cerâmica, constituindo-se o conjunto da sua obra, de uma
inquietante actualidade e um documento fundamental para o estudo político,
social, cultural e ideológico de uma época. Raphael Bordallo Pinheiro ficará
para sempre intimamente ligado à caricatura e à cerâmica artística,
imprimindo-lhes uma qualidade e visibilidade nunca atingida e que,
segundo a opinião de conceituados artistas atuais, toca a genialidade.
Em 1884 começa a sua produção cerâmica na Fábrica de Faianças nas Caldas,
revelando peças de enorme labor técnico, qualidade artística e criativa,
desenvolvendo: azulejos, painéis, potes, centros de mesa, jarros bustos, fontes
lavatórios, bilhas, pratos, perfumadores, jarrões e animais agigantados etc.
Também brilhou com as figuras populares como o Zé Povinho (representando-o de
diversas formas) a Maria da Paciência, a ama das Caldas, o polícia, o padre
tomando rapé o sacristão de incensório nas mãos e muitos outros. Realizou
exposições no Brasil, no Rio de Janeiro e São Paulo, onde apresentou a
majestosa Jarra Beethoven.
O seu notável trabalho na cerâmica conquistou medalha de ouro em exposições
internacionais (Madrid, Antuérpia, Paris e nos Estados Unidos, em St. Louis). (fonte A. Bordalo Pinheiro)

Lisboa - Museu Bordalo Pinheiro
O Museu tem origem na
importante coleção bordaliana reunida por Arthur Ernesto Santa Cruz Magalhães
(1864-1928). Além de colecionador, Cruz Magalhães foi poeta, panfletário,
crítico e humorista, e um admirador incondicional da obra de Rafael Bordalo,
tendo fundado um museu em homenagem ao artista, que dirigiu até à morte. Data
de 1913 a encomenda do projeto para a moradia do Campo Grande ao arquiteto
Álvaro Augusto Machado (1874-1944), onde virá a ser instalada a coleção.
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O Museu abre ao público em 1916, ainda
confinado ao primeiro andar, mas, em 1922, sofrera já as remodelações que o
dotariam de novas salas expositivas. Nesta data era significativo o número de
atividades de divulgação da obra do artista, entre exposições temáticas,
conferências, a criação do Grupo de Amigos Defensores do Museu. Doação à Câmara Municipal de Lisboa
Desde a criação do museu que o fundador
acalentava a ideia de legar a sua coleção e o museu ao Município de Lisboa, o
que viria a concretizar-se em 1924.Após obras de qualificação, o museu reabre
em 1926, já na posse da Câmara Municipal de Lisboa, remodelado e ampliado ao
rés-do-chão, oferecendo agora ao público, além da obra gráfica de Rafael
Bordalo e do seu filho Manuel Gustavo, uma importante coleção de cerâmica e uma
biblioteca especializada. Entretanto, vão suceder-se novas incorporações, fruto
de aquisições e doações de obras até então na posse de familiares de Bordalo
Pinheiro e de colecionadores particulares. Lisboa - Museu Bordalo Pinheiro A morte de Cruz Magalhães, em 1928, deixa a
Julieta Ferrão a direção do Museu e ao Grupo de Amigos Defensores o papel de
promoção da obra bordaliana. Em 1942, o Museu é integrado no Serviço de Museus
do Município, então criado, e, em 1962, passa a ser gerido em conjunto com o
Museu da Cidade e o Museu Antoniano. Em 1992, a construção de um novo edifício,
na zona posterior ao museu, constituiu uma tentativa de colmatar os problemas
de exiguidade de espaço da moradia original e de o dotar de uma Galeria de
Exposições Temporárias. O museu sofre graves problemas estruturais, em 1999,
devido à edificação de um imóvel em terrenos contíguos, tendo que encerrar para
obras de consolidação. Reabre ao público em 2005, após uma requalificação
profunda de todo o conjunto e área envolvente, assumindo um novo programa
museológico baseado na atualização da investigação realizada. Os suportes expositivos
foram concebidos de forma a permitir a rotatividade da coleção habilitando,
assim, a renovação cíclica da exposição permanente e, simultaneamente, a
divulgação deste vasto acervo ao público. Em 2016, no ano em que celebrou 100 anos, o
Museu Bordalo Pinheiro transitou novamente de tutela, da Câmara Municipal de
Lisboa para a EGEAC – Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural. No
âmbito desta passagem, destaca-se uma oferta significativamente ampliada ao
nível da programação e a abertura da Sala da Paródia, dedicada a exposições de
curta duração e a outras actividades. Coleções
O Museu Bordalo Pinheiro reúne uma Biblioteca e uma Coleção notáveis em torno da obra artística de Rafael Bordalo Pinheiro e do seu filho, Manuel Gustavo, sendo de destacar as seguintes tipologias: Desenho, Gravura, Pintura, Cerâmica, Azulejaria, Equipamentos e utensílios, Fotografia e Documentação. (fonte: Museu Bordalo Pinheiro) Lisboa - Museu Bordalo Pinheiro |


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