Aproveitando umas férias do Luís, escolhemos passar uns dias no Parque Nacional Peneda-Gerês, na região de Arcos de Valdevez.
1.º dia
Este dia foi praticamente passado na viagem até Arcos de Valdevez.
Uma das paragens foi nos arredores da Mealhada para almoçar no Restaurante Taberna do Belo.
O nosso destino foi a Casa da Quintinha, Turismo Rural em Arcos de Valdevez, no lugar de Porto Cerdeira, Cabreiro. Foi uma ótima escolha, lugar muito tranquilo, com uma vista para a montanha verdejante, os proprietários foram uma simpatia, com um café e mini-mercado em frente do outro lado da estrada, sempre disponíveis para o que fosse necessário
Depois de nos instalarmos fomos passear um pouco em Arcos de Valdevez que fica a poucos kms da nossa estadia.
2.º dia
Começámos este dia por visitar o Sistelo também no concelho de Arcos de Valdevez.
Sistelo é vencedora nacional das “7 Maravilhas de Portugal”, na categoria de Aldeia Rural, em mais uma distinção da sua originalidade e encanto.
Sistelo , antiga póvoa medieval, guarda ainda toda a beleza rural ancestral. Conhecida como “o pequeno Tibete português”, tem nos seus fabulosos socalcos uma marca identitária única em todo o país; moldados durante centenas de anos pela intervenção humana, são o ex-líbris da povoação e verdadeiros símbolos do convívio secular entre Homem e Natureza, criando uma paisagem de características e únicas.
Retendo a terra, conduzindo as águas por um sistema específico de regadio e criando verdadeiras “escadas” de acesso vertical, os socalcos de Sistelo representam a forma inteligente e eco sustentada de obter provento agrícola e pecuário, sendo palco para criação das conhecidas raças autóctones de vacas Cachena e Barrosâ. A zona central da povoação guarda igualmente uma forte memória dos ritmos de então, com um núcleo de espigueiros, uma fonte e casario típico, para além da singular e misteriosa Casa do Castelo de Sistelo, edificada nos meados do século XIX. A excepcionalidade e elevado valor patrimonial de Sistelo conduziram a um processo de classificação “Paisagem Cultural”, na forma de Monumento Nacional/ Sitio de Interesse Nacional, a primeira do seu género em Portugal, abrangendo os lugares de Igreja, Padrão e Porta Cova. (turismo Arcos Valdevez)
Depois desta visita e a caminho de Castro Laboreiro, parámos no mirador à saída de Sistelo, com vista sobre a Aldeia, dali se pode admirar e perceber o nome por que é conhecido Sistelo o nosso "Tibete Português".
Enquanto admirávamos a paisagem fomos visitados por umas vaquinhas que se encontravam a pastar no local.
Depois desta paragem seguimos para Castro Laboreiro.
Não se sabe bem se é mais famosa a aldeia ou os seus cães.
Certo é que, na referência a Castro Laboreiro, tanto o povoado como a sua raça
canídea surgem ligados, constituindo uma referência do que há de mais
tradicional em Portugal.
Começando pelo início, há que considerar que a aldeia de
Castro Laboreiro, no concelho de Melgaço, se situa no Parque Nacional da Peneda
Gerês, terra serrana desde sempre com vocação para a agricultura e a
pastorícia. A designação da terra tem origem no termo “castrum”, que indicava
um povoado fortificado habitado há milénios por povos que se fixavam em
outeiros e viviam em comunidade para melhor se defenderem de ataques. De eras
assim longínquas são as pinturas rupestres identificadas no território e os 120
dólmens e cistas aí sinalizados, o que, no conjunto, constitui o que os
especialistas apontam como um dos mais ricos patrimónios pré-históricos
nacionais.
Mencionada em várias cartas de foral régio, a última das
quais por D. Manuel em 1513, a aldeia de Castro Laboreiro chegou a ser sede de
um concelho homónimo, desde os primeiros reinados de Portugal até 1855. A
estrutura principal do Castelo de Castro Laboreiro, por exemplo, remonta aos
tempos de D. Afonso Henriques e reflete a importância defensiva atribuída ao
território. Já o pelourinho manuelino que desde 1560 se ergue no centro da
aldeia, veio apenas reforçar a relevância da terra, cujos privilégios incluíram,
durante séculos, o direito dos seus homens a não incorporarem o exército e a
isenção de todos os habitantes do pagamento de portagem nas estradas do reino.
Nas andanças desta transumância solitária, os pastores sempre
tiveram nos cães os seus melhores companheiros e auxiliares de trabalho, e foi
assim que se foi definindo e apurando a biologia e o comportamento do Cão de
Castro Laboreiro, que é uma das raças canídeas mais antigas da Península
Ibérica. Os seus espécimes são trotadores de longa duração, galopadores de
endurance e distinguem-se das restantes raças nacionais de cães de gado por
conseguirem acompanhar os rebanhos no pastoreio ao longo de todo o dia, sem
deixarem de perseguir eficazmente predadores como os lobos. No confronto com
esses animais, a menor corpulência dos castro-laboreiro confere-lhe grande
agilidade, pelo que o porte franzino dos cães é precisamente o que lhes permite
movimentações mais rápidas na fuga aos dentes e garras do inimigo.
Mas nem só de serra e pastorícia se faz Castro Laboreiro e é
por isso que uma visita à aldeia tem que incluir não apenas a ida ao seu
castelo, que desde 1944 está classificado como Monumento Nacional, mas também a
descoberta de património como a Igreja Matriz, os fornos comunitários da
aldeia, os seus espigueiros e moinhos, e as várias pontes romanas e medievais
sobre o rio Laboreiro – onde se pratica canyoning em época de águas cheias. (fonte: Aldeias de Portugal)
Depois desta visita, regressámos à estrada para seguirmos em direcção ao Santuário da Senhora da Peneda.
O santuário foi construído entre os finais do século XVIII e
o terceiro quartel do século XIX. A igreja foi terminada em 1875, embora seja
provável que a tradição secular de Nossa Senhora das Neves e a dinâmica
beneditina estabelecida pelo percurso dos monges do Mosteiro arcuense de Ermelo
para a Fiães, em Melgaço, desse lugar ao estabelecimento de um pequeno espaço
de culto em redor do século XIII.
Diante da igreja encontra-se o escadório das virtudes, com estátuas representando a Fé, a Esperança, a Caridade e a Glória, datado de 1854, obra do mestre Francisco Luís Barreiros.
Após um largo triangular onde se situam os antigos dormitórios para os peregrinos (hoje transformados num hotel), o santuário desenvolve-se numa alameda arborizada em escadaria, com cerca de 300 metros e 20 capelas, com cenas da vida de Cristo.
Finda a visita seguimos para Arcos de Valdevez para se almoçar no Restaurante o Braseiro, já nosso conhecido de visita anterior e onde se come a boa Posta de carne da região.
O dia estava muito quente e decidimos passar a tarde na Praia Fluvial da Valeta em Arcos de Valdevez.
Situada dentro do perímetro urbano da sede do concelho, esta
zona balnear é muito procurada como espaço de lazer e recreio. Espaço
agradável, localizado no decorrer do curso do rio Vez, com um extenso areal com
águas calma e limpas, área relvada e arborizada, criando zonas de excelente
sombra e fruição. Dispõem de várias infra-estruturas de apoio, tais como
sanitários, vigilância e bar com esplanada;
Depois de uma bela tarde passada em ambiente muito verde e fresco regressámos à Casa da Quintinha para descansarmos.
3.º dia
Iniciámos este dia por visitar Ponte da Barca.
Situada numa região verdejante à beira do Rio Lima, pensa-se
que Ponte da Barca foi buscar o seu nome à barca que fazia ligação entre as
duas margens, antes da ponte ser construída no séc. XV. Esta região era
anteriormente conhecida por Terra da Nóbrega ou Anóbrega que se pensa derivar
do nome romano "Elaneobriga".
O centro histórico da vila com casas solarengas (algumas adaptadas a Turismo de
habitação) e belos monumentos dos sécs. XVI-XVIII merece uma visita cuidada,
bem como os seus arredores, em que se destacam a Igreja românica de Bravães do
séc. XIII e o Castelo do Lindoso (séc. XIII) que teve um papel importante na defesa
da região.
Na região Demarcada dos Vinhos Verdes, parte deste do concelho está inserido no Parque Nacional da Peneda Gerês, que oferece excelentes para actividades desportivas e de lazer.
Ponte da Barca é um dos quatro municípios que integram o Vale do Lima. Nesta região, percorrer a Rota dos Gigantes é uma forma de conhecer os locais onde nasceram quatro grandes figuras históricas que levaram Portugal aos quatro cantos do mundo.
Fernão de Magalhães, o Navegador, de Ponte da Barca, comandou a primeira viagem de circum-navegação provando que a Terra é redonda. Em Ponte de Lima nasceu o Beato Francisco Pacheco (O Santo), Mensageiro da Companhia de Jesus e um dos primeiros missionários jesuítas no Japão. João Alvares Fagundes (o Descobridor), de Viana do Castelo, explorou e descobriu Terra Nova no Atlântico Norte, importante zona de pesca do bacalhau. Originário de Arcos de Valdevez era o Padre Himalaya, o inventor, estudioso científico das energias renováveis que representou Portugal na Exposição Universal de St. Louis, nos Estados Unidos. (fonte: visit Portugal)
Finalizada a visita seguimos para Ponte de Lima.
A ponte romana que atravessa o Rio Lima neste local deu
origem ao nome desta antiga vila. O primeiro foral foi-lhe concedido em 1125
por D. Teresa, a mãe do primeiro Rei de Portugal, antes ainda da fundação do
reino.
No centro de uma região agrícola rica, onde é produzido o famoso Vinho Verde, o
seu património integra um grande número de solares e casas apalaçadas, muitos
das quais oferecem actualmente alojamento na modalidade de Turismo de
Habitação.
Esta vila tradicional regista quinzenalmente grande animação no areal das margens do rio quando se realiza a feira originária da Idade Média, onde também se realiza em Junho outro evento tradicional "A Vaca das Cordas". Em Setembro a vila volta a registar grande animação com a realização das Feiras Novas, as festas do concelho.
Ponte de Lima é um dos quatro municípios que integram o Vale do Lima. Nesta região, percorrer a Rota dos Gigantes é uma forma de conhecer os locais onde nasceram quatro grandes figuras históricas que levaram Portugal aos quatro cantos do mundo. (fonte: visitPortugal)
Depois de um passeio junto ao Rio Lima e como estava na hora do almoço, parámos no Restaurante Solar da Picota para esta refeição.
Ao fim da tarde, regressámos ao alojamento para continuar o nosso merecido descanso e apreciar a bela paisagem do local.
4.º dia
Chegava ao fim a nossa estadia na Casa da Quintinha, despedimo-nos com muita vontade de voltar a esta lindíssima região, como acontece sempre que a visitamos.
Saímos a caminho de visitar as Termas do Gerês, entramos no parque do Hotel das Termas, o calor continuava e o local é muito agradável e fresco à sombra do arvoredo.
As Termas do Gerês são
uma estância termal situada na vila homónima de Termas do Gerês, na
Freguesia de Vilar da Veiga, no Município de Terras de
Bouro.
As Termas do Gerês ocupam,
actualmente, um dos lugares cimeiros na escala de frequência das Estâncias
Termais portuguesas, graças aos investimentos significativos que tem vindo
a efectuar, criando novas valências, de onde se destaca o SPA TERMAL, com uma
moderna piscina aquecida, ginásio, massagens e programas de estética termal.
Na atualidade, as Termas do
Gerês são especialmente recomendadas para tratamento
do fígado, vesícula, obesidade, diabetes, hipertensão
arterial e reumatismos crónicos.
Para além da cura termal
tradicional são proporcionados programas específicos de bem-estar termal,
relaxamento, manutenção, reeducação dietética, emagrecimento e anti-stress,
devidamente acompanhados por profissionais especializados. (fonte: Wikipédia)
Almoçámos no Restaurante "Lurdes Capela" no centro da Vila do Gerês.
Depois do almoço atravessámos o Parque Nacional Peneda-Gerês a caminho da Mata de Albergaria passando pela Cascata da Portela do Homem, também conhecida por Cascata de S. Miguel.
A Mata de Albergaria é um dos bosques mais representativos dos carvalhais galaico-portugueses de Quercus robur e Quercus pyrenaica do Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG), onde se inclui, também, um troço da via romana Geira— com ruínas das suas pontes e um significativo conjunto de marcos miliários.
Nesta região, a composição florística e a estrutura característica desta comunidade encontram-se bem conservadas, justificando a sua classificação, pelo Conselho da Europa, como uma das reservas biogenéticas do continente europeu: Reserva Biogenética das Matas de Palheiros e Albergaria e como Reserva da Biosfera, pela UNESCO, desde 2009, como Reserva da Biosfera Transfronteiriça Gerês-Xurés.
Inserida numa área de ambiente rural do rio Homem, a Cascata da Portela do Homem está localizada em plena Mata da Albergaria, Serra do Gerês (Norte de Portugal), a aproximadamente um quilómetro da fronteira com a Espanha.
Neste percurso o nosso destino neste dia era a cidade de Ourense em Galiza, Espanha. Fizemos uma pequena paragem na Piscina Natural de água quente Os Baños, Torneiros (Termas de Lobios), foi pena estar tanto calor senão tínhamos entrado naquelas águas quentinhas, fica para a próxima num mês mais fresquinho.
Também conhecidas como “Os Baños de Rio Caldo”, as Termas de Lobios ficam na pequena aldeia de “Los Baños”, província de Ourense, a apenas 9 km da fronteira com Portugal.
Neste local encontra-se uma piscina termal, com acesso gratuito, mesmo junto ao rio Caldo. A água sulfurosa sai da boca a uma temperatura de 70°C, mas, após misturar-se com a água fria do rio, desce para uns agradáveis 45°C. Como a água é mesmo muito quente, não convêm ficar muito tempo lá dentro. O ideal é alternar entre uns minutos dentro e uns minutos fora para regular a temperatura corporal.
Na zona envolvente, que foi recentemente remodelada, existe uma espécie de praia fluvial, se pode estender a toalha e relaxar na relva. Durante o Verão é uma zona muito procurada, mas pelo rio Caldo em si, onde também é possível ir a banhos.
Em Ourense ficámos a pernoitar num alojamento local, junto ao centro histórico. Fizemos um pequeno percurso pelo centro da cidade, estava muito calor e quase tudo fechado.
Nas margens do rio Minho estende-se a cidade de Ourense, que mantém o seu tradicional vínculo com o rio através da sua ponte romana. Encruzilhada de caminhos, a Ciudad Vieja conserva alguns de seus mais importantes monumentos, entre os quais se destaca a Catedral.
O rio Minho, que atravessa a cidade no seu curso médio, determinou a atual fisionomia desta cidade. Há quase dois mil anos, os romanos instalaram-se neste território atraídos, entre outros motivos, pelas suas águas termais. O legado mais bem conservado daquela época é “a ponte vella” (Puente Mayor), que conecta as duas margens do rio Minho e se tornou o símbolo da cidade. Da primitiva ponte romana são conservadas algumas pedras talhadas na base da ponte. Esta importante obra civil foi restaurada nos séculos XIII e XVII até obter a sua aparência atual, com arco apontado e rampas. fonte: (turismo de Espanha)
Visitámos a Plaza Mayor, a Catedral e a Igreja de Santa Eufémia, além das Burgas(Termas).
Os mananciais de água quente
são possivelmente o maior atrativo da cidade de Ourense. As mais conhecidas são
as Burgas,
fontes de águas termais, que constituem um dos principais monumentos da cidade,
sendo Ourense também conhecida como a "cidade das Burgas". (fonte Wikipédia).
Finalizado este percurso regressámos ao nosso alojamento para descansar e preparar para o final destes belos dias.
5.º dia
Foi o dia de regresso a casa. Parámos para almoçar no Restaurante Burguesia dos Leitões na Mealhada e aproveitar para carregar a bateria do carro.
Chegámos a casa ao fim da tarde, satisfeitos por mais esta viagem muito agradável nesta região onde gostamos sempre de voltar.














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