Do Festival de Sintra 2025 no Centro Cultural Olga Cadaval o Concerto de Martin Fröst e a Orquestra Municipal de Sintra.
Martin Fröst, clarinete
Cesário
Costa, maestro
Orquestra
Municipal de Sintra D. Fernando II
Programa:
António
Leal Moreira, Sinfonia da ópera Artemisia, Regina di Caria
Wolfgang
Amadeus Mozart, Concerto para clarinete em Lá maior, K.622
Igor
Stravinsky, Suite de Pulcinella
A Orquestra Municipal de Sintra D. Fernando II participou no Festival de Sintra através da escuta da raramente tocada Sinfonia que abre a ópera Artemisia, Regina di Caria, de António Leal Moreira, escrita para a corte lusa e estreada no Palácio da Ajuda em 1787, quando esta era a sede oficial da família real ainda no seguimento do terramoto de 1755, e onde tinha lugar uma vibrante e intensa vida musical, com participação dos principais compositores e intérpretes presentes no reino de Portugal ou de passagem pela sua capital.
Composto
em 1791, o último ano de vida de Mozart, - também um dos mais produtivos - o
Concerto para Clarinete é o pináculo de toda a literatura para clarinete e
orquestra, marcando também o corolário da relação de interesse que Mozart vinha
desenvolvendo com este instrumento, que em finais de século XVIII representava
ainda uma invenção recente, muito se devendo a sua credibilização ao
clarinetista Anton Stadler, para quem Mozart compôs várias peças, incluindo
este Concerto.
Estreado em 1920, representando mais uma brilhante produção do empresário e visionário Sergei Diaghilev para a companhia dos Ballets Russes, Pulcinella junta uma mão cheia de mentes geniais: Stravinsky compõe a música, Picasso realiza a cenografia e adereços, e Massine desenvolve o libreto e a coreografia.
A
premissa era a recuperação da commedia dell’arte italiana, com
fortes raízes partenopeias, partindo do trabalho original sobre velhas
composições de Pergolesi, muitas delas supostamente esquecidas, daquele que foi
um genial compositor napolitano do século XVIII, falecido aos 26 anos em 1736.
Martin
Fröst
Clarinetista,
maestro e artista Sony Classical, Martin Fröst é conhecido por ultrapassar os
limites musicais e foi descrito pelo New York Times como tendo “uma
virtuosidade e uma musicalidade insuperáveis por qualquer clarinetista — talvez
qualquer instrumentista — no nosso tempo”.
Amplamente
reconhecido pela procura constante novas formas de desafiar e remodelar o
panorama da música clássica, o seu repertório abrange obras tradicionais para
clarinete bem como uma série de peças contemporâneas que encomendou
pessoalmente. Vencedor do Leonie Sonning Music Award 2014, uma das maiores
distinções musicais do mundo, Fröst foi o primeiro clarinetista a receber o
prémio e juntou-se a uma prestigiada lista de vencedores anteriores, incluindo
Igor Stravinsky e Sir Simon Rattle. Os International Classical Music Awards
elegeram-no como Artista do Ano 2022 pela sua carreira global inovadora, pela
sua discografia impressionante e pela sua filantropia.


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