Da programação dos SSAP fizemos um passeio de um dia com
visitas ao Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal e à Herdade
da Comporta.
Saímos de manhã cedo de Lisboa com destino a
Setúbal, a primeira visita guiada foi ao Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal
que não conhecíamos.
O MAEDS (Museu de Arqueologia e Etnografia do
Distrito de Setúbal) foi fundado em 1974, pela Junta Distrital de Setúbal, no
quadro da democratização do país, iniciada com a revolução de 25 de Abril.
Abriu ao público em 1976. Conta com coleções pré-históricas, romanas e
pós-romanas.
Na secção de etnografia, pode ver alguns
artefactos ligados às atividades tradicionais de pesca, recolecção, salicultura,
criação de gado, agricultura, construção naval, fiação e tecelagem, arte
popular e artesanato rural e urbano. (fonte: MAEDS)

Setúbal - Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal
Depois desta visita passeámos um pouco por Setúbal e
almoçámos no Restaurante Casa Santiago na Av. Luísa Todi.
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| Setúbal - Restaurante Casa Santiago |
Depois do almoço seguimos para a Herdade da Comporta onde tivemos uma visita guiada, já tínhamos feita esta visita anteriormente, mas marcámos novamente para a Odete poder fazê-la.
A Herdade da Comporta é
um dos mais verdes, harmoniosos e sustentáveis espaços da Europa e onde se
desenvolveu, durante o século XX, o cultivo do arroz. São cerca de 1.100
hectares de arrozais que pintam a paisagem da cor verde e de onde saem
anualmente cerca de 7.000.000kg de grãos.
Todo o arroz é produzido segundo as normas de
produção integrada - uma produção amiga do ambiente. Este é um produto com
lugar de destaque na gastronomia local, e que contribui muito positivamente
para o sustento de grande parte da população residente.
Embora o verde húmido constante desta cultura
domine grande parte da paisagem, as plantações de horticultura (batata doce,
brócolos, cenoura, pimentos, tomates, entre outros) têm vindo, também a ganhar
maior importância no pelouro agrícola da Herdade da Comporta onde já se
produzem anualmente mais de 50.000 toneladas de vegetais.
A floresta, repleta de Pinheiros mansos e
bravos, Zimbros e Carvalhos que preenchem 7.100 hectares de terreno, acrescenta
outras tonalidades ao local. São mais de 6.000.000 de árvores plantadas e
milhares de quilómetros de puro oxigénio.
Visitámos também a Adega da Herdade.
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Tecnologias de ponta e vindimas manuais
trabalham em conjunto para um equilíbrio perfeito de sabores e experiências
vinícolas. Depois de vindimada manualmente, a uva chega à
adega em caixas de 20 kg, onde é cuidadosamente escolhida, esmagada e
desengaçada. Fermenta em lagares de inox com capacidade para 8 toneladas,
equipados com sistema de refrigeração para fermentações a temperaturas controladas. A fermentação decorre aproximadamente durante 8
dias, com o auxílio de um moderno "robot” de pisa mecânica. Depois de
terminada esta fase, o vinho desce para a sala de depósitos, por gravidade e
sem recurso a qualquer bombagem. Esta sala está equipada com cubas em inox, com
capacidade para 15.000 litros cada. Do vinho obtido, são selecionados os melhores
lotes, que estagiam por 12 meses, em pipas (500 litros) de carvalho Francês
(Allier) e Americano. A sala de estágio, onde o vinho descansa calmamente, está
equipada com um moderno sistema de refrigeração/humidificação, garantindo as
condições ideais para a melhor evolução dos vinhos. Depois desta visita seguimos para a visita
guiada ao Museu do Arroz. Esta visita já não assistimos pois já conhecíamos o
museu. Consagrar a orizicultura e dar a conhecer um
pouco mais da tradição da região foi o grande objetivo que determinou a
fundação do Museu do Arroz. Neste espaço cultural é possível recuar no tempo e
compreender melhor a importância deste cereal para a história da Herdade da
Comporta. As instalações situam-se numa antiga fábrica de
descasque de arroz, datada de 1952, data do início do descasque na Comporta.
Este edifício possui igualmente instalações para um restaurante, de longa
tradição na região e denominado «Museu do Arroz», com todas as valências
exigidas no campo da restauração. Além desta fábrica existiam várias oficinas,
com um acervo de instrumentos de serralharia e carpintaria, e uma oficina
siderotécnica de forjador, direta ou indiretamente relacionadas com o cultivo
do arroz. Tinham a seu cargo a manutenção da fábrica, das habitações dos
trabalhadores especializados e do escritório, da cantina, do talho, da padaria,
da barbearia, da casa da costura, da igreja, e contribuíam para a realização de
instrumentos e viaturas para o cultivo do cereal e outras atividades agrícolas
(pecuária e produtos hortícolas), para o fabrico de moldes de marcos de cimento
para delimitar o território e para a realização da maioria dos instrumentos
oficinais. Até aos finais dos anos 60, a Herdade tinha uma economia de
autossuficiência. Encontrando-se distante dos centros urbanos e com poucos
meios de comunicação, a comunidade vivia fechada sobre si, fazendo parte da
terra, que foi sendo comprada por diferentes grupos económicos. A criação deste museu justifica-se por razões
de ordem científica, social, cultural, económica e estratégica, relativamente
às perspectivas de desenvolvimento futuro da região. O Museu constitui um
destacado equipamento cultural que consagra a orizicultura, tanto como tema
central na leitura da identidade da região, como fator de dinâmicas culturais
positivas para as sociedades locais. (fonte: Herdade da Comporta) Finalizando este interessante programa ao final
da tarde regressámos a Lisboa. |


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