Visitámos a exposição Sarah Affonso Os Dias das PequenasCoisas no Museu do Chiado (MNAC).
Pela primeira vez, Sarah Affonso foi tema de duas grandes exposições em
Lisboa. A primeira exposição que visitámos foi no Museu Calouste Gulbenkian, Sarah Affonso e a Arte Popular
do Minho, desta vez visitámos no MNAC Museu do Chiado,
a exposição Sarah Affonso Os Dias das Pequenas Coisas.
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| Museu do Chiado - Exposição de Sarah Affonso |
A obra de Sarah Affonso já foi várias vezes dada a ver. Ainda assim, sempre
parcelarmente. Muito permanecia, por isso, por fazer, tanto no estudo como, em
especial, na grande divulgação do trabalho de uma das mais notáveis e,
paradoxalmente, desconhecidas modernistas portuguesas.
Em 2019, comemorando-se os 120 anos do nascimento de Sarah Affonso e com o
propósito de oferecer a novos públicos uma renovada e abrangente leitura da sua
obra, duas exposições, concebidas em diálogo, apostaram enfim em superar esse
desconhecimento público. Depois de Sarah Affonso e a Arte
Popular do Minho, patente no Museu Calouste Gulbenkian, Coleção
Moderna, foi a vez de o Museu Nacional de Arte Contemporânea mostrar outros
núcleos da sua criação na exposição Sarah Affonso Os dias das
Pequenas Coisas, ambas revelando aspectos artísticos que têm
permanecido na sombra.
À medida que confirmávamos a abrangência da criação artística de Sarah
Affonso, tornava-se evidente a necessidade de contar com especialistas em cada
uma das áreas, do bordado à arquitetura paisagista, passando pela história
contemporânea, antropologia e história da arte, de modo a poder analisar e
contextualizar com maior rigor a sua obra.
Da pintura, às linhas do bordado, da ilustração ao ensino, do desenho de
estudo à criação azulejar, passando pelo grande desenho de uma geografia
moderna, mas informada na tradição e bem atenta à realidade, com que soube
conceber e fazer crescer Bicesse, num projeto inédito entre nós, é essa artista
que aqui apresentamos. (fonte: Museu Nacional de Arte Contemporânea)Sarah Affonso foi a última aluna de Columbano Bordalo Pinheiro na Escola de
Belas-Artes de Lisboa e, ao longo do seu percurso onde o retrato foi um dos
elementos mais aclamados, foi reconhecida pela crítica e premiada com o Prémio
Amadeo de Souza-Cardoso em 1944. As duas exposições sobre a artista modernista recordam a sua vida e obra,
criando uma visão abrangente da sua herança artística, que apesar de estar
inscrita na história da arte nacional continua a ser aliada à sua imagem
enquanto mulher de Almada Negreiros. Museu do Chiado - Exposição de Sarah Affonso |


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