Integrada na programação de Abril das Visitas Comentadas de Lisboa Cultural, fizemos
uma visita ao Convento de S. Pedro de Alcântara.
Antes da visita passámos pela Igreja de S. Roque dedicada a São Roque
e mandada edificar no final do século XVI. Pertenceu à Companhia de Jesus,
sendo a sua primeira igreja em Portugal, e uma das primeiras igrejas jesuítas
em todo o mundo. Foi a igreja principal da Companhia em Portugal durante mais
de 200 anos, antes de os Jesuítas terem sido expulsos do país no século XVIII.
A igreja de São Roque foi um dos raros edifícios em Lisboa a sobreviver ao
Terramoto de 1755 relativamente inalterado. Tanto a igreja como a residência
auxiliar foram cedidas à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, para substituir os seus
edifícios e igreja destruídos no sismo. Continua a fazer parte da Santa Casa
hoje em dia.
![]() |
| Lisboa - Convento de S. Pedro de Alcântara No interior da igreja podemos observar nove capelas, inseridas nas arcadas
laterais, cada uma com a sua história e decoração representativa suas épocas. Lisboa - Convento de S. Pedro de Alcântara O Convento de São Pedro de Alcântara foi fundado no século XVII, em 1670,
por D. António Luís de Menezes,
1.º marquês de Marialva em cumprimento do voto que tinha feito na véspera da Batalha dos Montes Claros, em
1665, prometendo construir um convento dedicado a S. Pedro de Alcântara se fosse vencida a
batalha contra os exércitos espanhóis. Foi erguido no Bairro Alto, numa zona próxima do
palácio do mesmo marquês, tendo sido ocupado, até 1833, pelos Capuchinhos da Província daArrábida, ano em que foi entregue à Santa Casa da Misericórdia de
Lisboa. Este Convento está virado para um dos mais belos miradouros da
cidade de Lisboa, o Miradouro de S. Pedro de Alcântara.
Convento com uma
arquitectura ao estilo de um palácio seiscentista de planta em U, com
o terramoto de 1755, ficou destruído
quase por completo, tendo a sua reconstrução sido iniciada em 1783. Este
desenvolve-se em 3 corpos retangulares articulados em volta de uma escadaria
de 4 lanços, decorada com azulejos, que representam a estigmação de S. Pedro, e
que conduz a um adro sobrelevado e lajeado.
A igreja fica no corpo central do edifício, também afectada pelo terramoto
de 1755, o altar-mor é uma obra de 1758. Quase toda a decoração data dessa
época, incluindo a talha dourada com motivos vegetalistas. A colecção de
pintura é anterior ao terramoto, é proveniente do Convento de Mafra,
incluindo uma enorme tela representando a Santíssima Trindade da autoria de Pierre-Antoine Quillard, pintor francês que
faleceu em Lisboa. Em todo o espaço encontram-se painéis de azulejos do século
XVIII, em azul e branco, alusivos à vida de S. Pedro de Alcântara.
O mais notável em todo o convento é a capela funerária do Cardeal D. Veríssimo de Lencastre,
que não sofreu nada com o terramoto. É uma preciosidade arquitectónica e
artística, com embutidos de mármore.
|





Comentários
Enviar um comentário