Assistimos no Teatro Camões ao bailado Lago dos Cisnes pela Companhia Nacional de Bailado da versão coreografada por
Fernando Duarte, com filme de Edgar Pêra com a duração de 2h20m. A este
bailado assistimos, Albertina, Carlos, Judite e Renato.
Tchaikovski • Música
José António Tenente • Figurinos
Nuno Meira • Desenho de luz
Orquestra Sinfónica Portuguesa • Interpretação
musical
Pedro Neves • Direção musical
Artistas da CNB • Interpretação
O Lago dos Cisnes", o grande clássico da história da dança, regressa
ao Teatro Camões, na versão coreográfica de Fernando Duarte. O filme de Edgar
Pêra, misto de interpretação da obra e cenário, introduz um elemento inesperado
num bailado do qual se conhecem tantas versões. A Orquestra Sinfónica
Portuguesa acompanha, pela primeira vez, esta versão do Lago dos Cisnes para a
CNB, com direcção de Pedro Neves.
As sucessivas reposições nas companhias de repertório são quase um ato
purificador, idêntico àquele que levará alguns de nós, por exemplo, a regressar
sempre a Bach.
Precisaremos assim tanto deste abandono aos velhos mitos e lendas, destas
insistentes releituras contemporâneas, desta nova e ousada lógica teatral?
Claro que sim, uma vez que dela depende absolutamente a sobrevivência do
repertório clássico, cuja linguagem técnica deixa escassa margem a
reinterpretações mais criativas, menos tradicionais. A dança clássica,
alicerçada em regras rígidas e premeditadas, faz com que os seus intérpretes
disponham apenas da pantomima e da técnica para encarnarem personagens psicologicamente
quase unidimensionais. Ela só continuará a ser popular se trouxer até nós
cisnes que nos sobrevoem, abençoando-nos como o fizeram quando Apolo nasceu,
príncipes que nos alertem dos medos e nos convoquem o sonho, barões maléficos
que nos desencantem dos nossos sortilégios. Mas, acima de tudo, que todos eles
falem de nós e que conosco também dancem. - Rui Esteves, 2013.

Teatro Camões - Companhia Nacional de Bailado
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