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Fim de Semana em Praga

Resolvemos nesta época natalícia visitar uma cidade europeia, escolhemos Praga, capital da República Checa.

1º dia - 4 de dezembro

Começámos esta viagem pelas 10h00 na Parede a caminho do aeroporto Humberto Delgado em Lisboa. O nosso voo TP1304 para Praga estava marcado para as 12h30.
Saímos à hora marcada e cerca das 17h45 chegámos a Praga, ainda dentro do avião vimos que estava a nevar. Fomos ao encontro do transfer para o Clarion Hotel Prague Old Town que tínhamos previamente reservado no Booking. No percurso fomos vendo a zona coberta de neve, mas no centro de Praga não tinha nevado, chegámos ao hotel pelas 19h10.
Fizemos o check-in e foi-nos atribuído o quarto 106. Bom hotel e a localização excelente para quem quer ficar junto à cidade antiga.
Como estava na hora de jantar percorremos os arredores do hotel e entrámos no Centro Comercial Palladium onde jantámos. Em seguida e antes de voltarmos ao hotel percorremos as ruas circundantes. A temperatura às 21h30 era de 1º positivo.

2º dia - 5 de dezembro

Após o pequeno-almoço pelas 9h30 saímos do hotel em direção ao centro de Praga. Caminhámos em direção à Ponte Carlos onde chegámos perto das 10h00.

Praga - Ponte Carlos


Atravessámos a ponte em direção ao Castelo de Praga. O percurso é um pouco inclinado, para chegarmos até ao Castelo. Começámos pela rua Mostecká, rua de comércio com prédios muito bonitos e bem conservados. Dirigimo-nos de seguida para a Igreja St. Nicholas na Praça Malostranské e entrámos na rua Nerudova, onde se encontram algumas embaixadas.

Chegados à zona do Castelo e antes de entrarmos estivemos no miradouro de onde se pode vislumbrar uma vista soberba sobre Praga.

Praga - Uma vista sobre a cidade


Para se entrar no Castelo estivemos numa fila onde fomos revistados pela polícia para controlar as entradas.
Dentro do espaço do Castelo visitámos a Catedral de S. Vito, imponente com os seus vitrais e altar deslumbrantes.

Praga - Catedral de S. Vito

Após esta visita começámos a descer em direção à Praça Staromestské, onde se encontra na antiga Câmara Municipal o famoso Relógio Astronómico, a Igreja de Nossa Senhora de Tyn e a Igreja de St. Nicholas, entre outros edifícios.

Começámos por ver a Igreja de St. Nicholas e o Relógio Astronómico, a torre do relógio estava em obras de conservação, mas deu para ver o relógio. Com estas visitas chegámos à hora de almoço. 

Praga - Praça Staromestské, Igreja de Nossa Senhora de Tyn e Relógio Astronómico

Percorremos algumas das ruas circundantes da praça para encontrarmos um restaurante. Achámos uma cervejaria tradicional de nome U Vejvodu. Almoçamos uma perna de cabrito e como tradição não podia faltar a cerveja checa.

Praga - Cervejaria U Vejvodu

Após o almoço dirigimo-nos para o Mercado de Natal na Praça Staromestské. Mercado tradicional nesta época festiva. Além de comida e bebida também encontrámos artigos regionais.

Praga - Mercado de Natal


Depois de passearmos um pouco pelo mercado fomos até à Torre da Pólvora e à famosa Praça Wenceslau, onde se encontram muitas lojas, onde entrámos em algumas para comprarmos alguns presentes para o Luís.

Praga - Torre da Pólvora e Praça Wenceslau


Em seguida voltámos à Praça Staromestské, onde comemos o tradicional doce Trdelník e onde bebemos vinho tinto quente a acompanhar. Após este lanche regressámos ao hotel onde chegámos pelas 18h00 para o merecido descanso.

Praga - Mercado de Natal

3º dia - 6 de dezembro

O nosso dia começou cedo, tínhamos marcado no hotel num programa Karlovy Vary, fia a 119 km da cidade de Praga. Começámos o passeio pelas 9h15. Neste percurso vimos os campos cheios de neve tinha nevado durante a noite estava linda a paisagem.

A caminho de Karlovy Vary


A primeira paragem foi em Karlovy Vary na Fábrica de Cristal da Boemia "Moser". A visita foi dividida em três partes. A primeira a visita ao museu e a projecção de um filme sobre a história da fábrica. Em seguida dirigimo-nos para o local de produção, onde estivemos na fábrica a ver os diversos trabalhos a serem elaborados pelos vários trabalhadores, e finalmente acabámos a visita pela loja.

Karlovy Vary - Fábrica Moser

Depois desta visita dirigimo-nos para o centro da cidade para almoçar no Hotel Sanatorium. Após o almoço tivemos tempo livre para visitar o centro. Visitámos as Termas, o Hotel Pulap e a Igreja Ortodoxa Russa. Findo este passeio voltámos ao Hotel Sanatorium, onde estivemos a beber Becherovka licor de ervas típico da República Checa e original de Karlovy Vary. 

Karlovy Vary

Becherovka é um licor de ervas e especiarias fabricado desde 1807. É um bitter original de Karlovy Vary - famosa cidade termal. Nesta cidade são encontradas 12 fontes de água térmica, e não é que a tal Becherovka é tão querida que é também chamada de "13ª fonte" de Karlovy Vary...
Como de costume há uma lenda na preparação da bebida, a receita até hoje é segredo guardado a sete chaves. Dizem que é feita de inúmeras ervas, a maior parte encontrada na República Theca e outras provenientes de países exóticos. Somente duas pessoas da empresa sabem da receita!!
Não podemos falar dela sem citar Jan Bacher! É a assinatura dele que vem no rótulo da garrafa. Ele é filho de Josef Vitus Becher (1769-1840), um comerciante que adorava misturar licores e que junto com um médico começou a criar a Becherovka.
Segundo conta a história, o médico partiu e a receita ainda foi trabalhada por mais dois anos pelo Josef, ficando pronta somente em 1807. Foi nas mãos do filho Jan que a bebida ganhou impulso, construiu uma nova destilaria - hoje o museu Jan Becher - criou a nova imagem, com as garrafas esverdeadas.


Pelas 16h20 saímos de regresso a Praga onde chegámos pelas 18h30.

Como ficámos junto à Praça Staromestské, aproveitámos para ver as iluminações e ouvir música no Mercado de Natal.

Regressámos ao hotel pelas avenidas de Praga onde passámos pelas famosas lojas de marca depois de mais um dia em cheio.


4º dia - 7 de dezembro

Como é hábito o dia começou cedo. Depois do pequeno-almoço dirigimo-nos para o Bairro Judeu. O dia estava lindo com muito sol para a despedida.

Começámos por visitar a Sinagoga Espanhola, considerada a mais bela Sinagoga da Europa.

Praga - Sinagoga Espanhola

No coração do bairro Judeu o templo é adornado de vitrais coloridos e arabescos pintados a ouro nas paredes e no teto. Nos corredores do primeiro andar e no mezanino, encontramos objectos que fazem parte do acervo do Museu Judeu.

Na parte de trás do edifício, visitámos a Galeria Robert Guttmann que apresentava uma exposição sobre o universo semita. Após esta visita dirigimo-nos para o Cemitério Judeu, passando pela Sinagoga Pinkas e pela Sinagoga Klausová que também visitámos.

A Sinagoga Pinkas é a segunda sinagoga sobrevivente mais antiga de Praga. As suas origens estão ligadas à família Horowitz, uma renomeada família judia em Praga. Hoja, a Sinagoga é administrada pelo Museu Judaico em Praga e comemora cerca de 78.000 vítimas judias checas de Shoah.

Uma escavação arqueológica mostrou que no século XV, na área actual da Sinagoga Pinkas, havia poços e casas habitadas. Em 1492, numa dessas casas, havia um oratório particular pertencente a uma ilustre família judaica de Praga, Horowitz. Em 1535, um dos membros da família, Aarhon Meshulam Horowitz, decidiu substituir a casa por uma sinagoga para sua família. Neste edifício, podemos encontrar componentes em estilos gótico e renascentistas - por exemplo, a abóbora reticulada é feita no estilo gótico tardio, mas seus ornamentos têm características renascentistas e o portal é puro Renascimento. Entre 1607 e 1625, um anexo em estilo renascentista foi acrescentado e a sinagoga foi ampliada com um vestíbulo, uma secção feminina e uma varanda. O plano arquitectónico do anexo foi projetado por Juda Coref de Herz.

O chão da sinagoga está abaixo do nível do solo, de modo que foi repetidamente afligido por inundações e humidade. Na segunda metade do século XVIII, foi necessário restaurar o aron-ha-kodesh e bimah danificados pelo dilúvio e, portanto, eles foram modificados para o estilo barroco. Na mesma época (em 1793), o empresário de sucesso e líder comunitário Joachim von Popper doou a sinagoga com uma grade em ferro forjado em estilo rococó que adorna a bimah até agora. A grade é decorada com um emblema da comunidade judaica de Praga - Magen David com um chapéu judeu da Idade Média.

Em 1860, um passo radical foi dado para resolver o problema das inundações - o nível do solo da sinagoga foi aumentado em 1,5m. O bima barroco desapareceu, o arranjo dos assentos foi modernizado (os assentos que cercam as paredes, como na Antiga-Nova Sinagoga, foram substituídos pelas fileiras de igreja) e o estilo pseudo-romântico dominou o espaço.

No entanto, menos de um século depois, durante a reconstrução em 1950-1954, o piso original, bem como a aparência da sinagoga, foram restaurados. Nos cinco anos seguintes, as paredes da sinagoga foram cobertas com nomes de cerca de 78.000 judeus da Morávia e da Tchá, de Shoah. Os nomes são organizados pelas comunidades de onde as vítimas vieram e completadas com a data de nascimento e morte. O memorial foi projetado pelos pintores Václav Bostik e Jiri John. Em 1960, foi aberto ao público, mas foi fechado em menos de uma década, em 1968, após a ocupação soviética da Checoslováquia. Foi dito que a razão para o fecho era a humidade. Após a queda do regime comunista em 1989, a sinagoga foi reconstruída em três anos e depois aberta ao público, mas levou mais três anos para restaurar as inscrições dos nomes nas paredes que foram danificados pela humidade. Além disso, em 2002, um velho inimigo da sinagoga - inundação - provou seu poder e as inscrições tiveram que ser restauradas novamente.

Praga - Sinagoga Pinkas

Depois da visita à Sinagoga Pinkas seguimos para a visita ao Cemitério Judeu.

O antigo Cemitério Judeu de Praga encontra-se em Josefov, antigo bairro judeu de Praga, capital da atual República Checa. Antes da Primeira Guerra Mundial, o cemitério pertencia ao Reino da Boémia. Esteve em uso desde o início do século XV até 1787. Seu ancestral era um cemitério chamado " O Jardim Judeu", que foi encontrado em escavações arqueológicas sob a rua Vladislavova, Nove Mesto ("cidade nova", Praga).

Para a comunidade ashkenazi trata-se do mais antigo cemitério judeu na Europa. O número de lápides e a quantidade de pessoas sepultadas é incerto, pois há diversas camadas de tumbas sob as atualmente visíveis. No entanto se estima que existam cerca de 12 mil sepulturas atualmente visíveis, podendo haver cerca de 100 mil no total.

As lápides, apesar da falta de espaço, são bastante impressionantes, algumas lembram camas e até a Arca da Aliança. O cemitério é densamente arborizado, o que lhe confere um aspecto ainda mais escuro e sombrio - principalmente nas noites frias e nebulosas de inverno.

Não se sabe exatamente quando o cemitério teria sido fundado, tendo havido muitas discussões entre especialistas. Alguns levantam a hipótese do cemitério ter mais de 1000 anos mais antigo do que as datas comumente aceites (1ª metade do século XV). Teria sido fundado pelo rei Otacar II da Boémia.

Conforme a Halachá, os judeus não devem destruir os túmulos do seu povo e também as tumbas não devem ser removidas. Isso se deveu ao fato particular de que, quando os cemitérios precisavam se expandir e era impossível aos judeus comprar mais terras, mais camadas de terra eram postas sobre as sepulturas existentes. As antigas lápides eram retiradas e recolocadas sobre a nova camada de solo. Isso explica a razão das lápides estarem tão próximas umas das outras. São 12 as camadas de sepulturas no cemitério judeu de Praga.

Praga - Cemitério Judeu


Depois destas visitas fomos passear mais um pouco junto ao rio para aproveitar o sol e a linda vista. Passámos ainda pela Praça da Cidade Velha onde almoçámos, no fim regressámos ao hotel onde tínhamos marcado o transfer para o aeroporto.

Praga - Praça da Cidade Velha

Embarcámos pelas 18h25 num voo TAP e chegámos a Lisboa às 21h30.

Fim de uma viagem muito agradável, o tempo esteve o normal para esta época com algum frio, alguma neve e também com algum tempo de sol.

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