No nosso percurso passámos, no primeiro dia, pelo Centro Geodésico de Portugal, em Vila de Rei, onde visitámos o Museu de Geodesia.
O Centro Geodésico de Portugal, está
situado na Serra da Melriça a uma altitude máxima ao Nível do Mar de 592m. A
importância do Marco Geodésico padrão, resulta de que foi a partir deste ponto,
que se deu início à marcação dos restantes 8.000 vértices geodésicos de
Portugal Continental. Ao lado do Picoto da Melriça, encontra-se o Museu da
Geodesia, inaugurado em 2002 e relacionado com o legado histórico e científico
deixado por grandes nomes de cientistas portugueses que trabalharam em prol da
modernização geodésica.
Conhecido popularmente por "Picoto da Melriça" é constituído por um vértice geodésico de 1ª ordem, piramidal, em alvenaria com 3 metros de base e 9 metros de altura, aqui colocado em 1802 e encontra-se associado à história da cartografia moderna em Portugal. A cartografia em Portugal, desenvolveu-se no século XVIII, no reinado de D. Maria I, quando a soberana convidou a Academia Real da Marinha, a iniciar os trabalhos de triangulação geral do território, para a realização da Carta Geográfica do Reino que proporcionou mais tarde a Carta militar de Portugal (1/25000).
A escolha deste local para a localização do marco, como um dos pontos da triangulação fundamental em Portugal, foi de Francisco António Cieira, militar da Academia Real da Marinha, matemático e cartógrafo com reconhecido mérito nos conhecimentos geodésicos que em 1788 foi encarregue de formar a “Triangulação Geral do Reino”. Os trabalhos iniciaram-se em 1790, tendo sido suspendidos quer pela situação política como posteriormente pelas Invasões Francesas.
O traçado das cartas do reino para fins militares de defesa foi possível com a reorganização do exército e o desenvolvimento da engenharia militar no decurso do final do século XVIII. As tarefas referentes à elaboração da carta Geral do Reino de Portugal foram conseguidas com a restruturação do Exército português por parte do Conde de Lippe, oficial alemão que a convite do Marquês de Pombal fez-se acompanhar de engenheiros estrangeiros necessários a esta tarefa. A direcção destes trabalhos, ordenados pela Comissão para os Trabalhos de Triangulação Geral e Levantamento da Carta Corográfica do Reino (1788 a 1803) foi confiada ao citado Francisco António Ciera (1763- 1814). (fonte: Turismo Militar)
Ao lado do Picoto da Melriça, no Centro Geodésico de Portugal, encontra-se o Museu da Geodesia, único no país. O Museu da Geodesia, inaugurado em 2002 no âmbito de uma parceria entre a Direção Geral do Território e a Câmara Municipal de Vila de Rei, veio preencher uma lacuna relacionada com o importante legado histórico e científico deixado por grandes nomes de cientistas portugueses que trabalharam em prol da modernização geodésica nacional. (fonte: Município de Vila de Rei)
Depois desta primeira paragem seguimos para o Lago Azul em Castanheira, Ferreira do Zêzere.
Com a designação oficial de Praia Fluvial da Castanheira, o Lago Azul é uma das maiores atrações do concelho de Ferreira do Zêzere. A sua água cristalina e a piscina flutuante tornam este local num dos principais pontos turísticos do país. A facilidade em encontrar estadia perto e a oportunidade de praticar desportos náuticos é outras das razões que tem feito com que este lugar se tenha vindo a tornar um ponto turístico de referência para os portugueses e para os estrangeiros. Um dos desportos mais praticados neste local é o wakeboard. (fonte: Turismo Ferreira do Zêzere)
Após este percurso parámos em Ferreira de Zêzere para almoçar.
Depois do almoço, seguimos para Tomar, para o hotel onde pernoitámos.
Chegados a Tomar fizemos o check-in no Hotel Vila Galé Collection Tomar.
Instalado junto ao Rio Nabão e muito próximo do centro da cidade, o Vila Galé Collection Tomar tem a localização ideal para explorar os principais pontos como Castelo de Tomar ou o Convento de Cristo, classificado como Património da Humanidade pela UNESCO desde 1983. Mas também para explorar o Convento de São Francisco e o peculiar e único Museu dos Fósforos, a Mata Nacional dos Sete Montes ou a herança judaica da antiga judiaria e sinagoga.
Com 100 quartos, este hotel em Tomar, que
tem como tema a Ordem dos Templários, é constituído por dois edifícios
históricos e reabilitados – o antigo Convento de Santa Iria e o ex-colégio
feminino – ligados entre si por um renovado passadiço.
E conta com piscinas exteriores para
adultos e com escorregas para crianças, parque infantil, sala de jogos,
biblioteca, Satsanga Spa & Wellness com piscina interior aquecida e com
cascatas de hidromassagem, sauna e banho turco, e ainda capela e jardins.
Privilegiando a gastronomia regional, o Vila Galé Collection Tomar inclui restaurante Versátil e dois bares. E está equipado com todas as facilidades para eventos corporativos, dispondo de salas de reuniões com capacidade para mais de 200 pessoas e estacionamento. (fonte: Hóteis Vila Galé)
Após as formalidades do Check-in e acomodados, fomos passear pelo centro da cidade, rever um pouco esta cidade já nossa conhecida mas onde é sempre agradável voltar, uma cidade junto ao rio, muito calma e tranquila para uns bons dias de bom descanso.
Começámos por visitar o Núcleo Museológico, que se encontra na margem do rio Nabão.
Situado na Levada de Tomar, tal como o próprio nome indica, o Complexo Cultural da Levada da Tomar é um espaço que, tanto pela sua localização como pelo facto de testemunhar e recordar temas como a indústria, a ciência, a tecnologia, a energia, o ambiente, entre outros, concentra a atenção da comunidade e de todos os que visitam Tomar.
O rio Nabão é um rio português afluente do rio Zêzere que passa na cidade de Tomar. Nasce no concelho de Ansião, no lugar dos Olhos de Água, e a ele junta-se, a cerca de 10 km de Tomar, a nascente do Agroal, já no concelho de Ourém. O rio Nabão desagua na margem direita do rio Zêzere, depois de um percurso de 61,47 km.
A bacia hidrográfica do Nabão tem uma densa rede hidrográfica, onde os principais afluentes para o curso central são: a ribeira do Fárrio, a ribeira de Caxarias, a ribeira da Sabacheira e a ribeira da Bezelga, na margem direita, enquanto na margem esquerda encontra-se a ribeira do Tordo, o ribeiro das Quebradas, a ribeira da Milheira e a ribeira da Lousã.
Ao rio Nabão anda associada a lenda de Santa Iria. (fonte: Wikipédia)
Dos cavaleiros à arte, da religiosidade à música, da indústria à tradição, Tomar apresenta uma oportunidade única de viajar no tempo. Entre sinais das vitórias e das conquistas, de segredos e tradições, de mitos e lendas, perca-se no rasto da tolerância, da multiculturalidade e do desenvolvimento, que tão bem caracteriza este território. Marcas no tempo, possíveis de contemplar no património, nos diferentes espaços e equipamentos, e nas ruas singulares que deram e dão vida à verdadeira Cidade Templária. (fonte: Turismo de Tomar)
Visitámos o Complexo Cultural da Levada onde se encontra a Fábrica das Artes, a Fundição Tomarense o Centro Interpretativo Tomar Templário, a Central Eléctrica de Tomar, a Moagem a Nabantina, a Moagem A Portuguesa.
Depois destas visitas fomos descansar e lanchar um crepe numa geladaria.
Depois do lanche visitámos a Igreja de São João Baptista na Praça da República, junto à Câmara Municipal.
A Igreja de São João Batista situa-se
na Praça da República em Tomar. A igreja de
finais do século XV tem um portal manuelino rematado
por um coruchéu octogonal.
No interior há um púlpito esculpido
em pedra,
azulejos denominados "Ponta de diamante" e pinturas do século XVI que
incluem uma Última Ceia de Gregório
Lopes.
A área em volta da igreja é o centro
da Festa dos Tabuleiros, de origem pagã é
realizada em Julho de quatro em quatro anos, e em que as raparigas, da cor da
sua freguesia, transportam à cabeça tabuleiros com pães e flores. A celebração
tem raízes semelhantes à da Festas do Espírito Santo nos Açores.
Em 2022, está a ser sujeita a obras de
requalificação com um reforço e redimensionamento de alguns elementos
estruturais; substituição integral das coberturas existentes e dos seus
sistemas de drenagem, para eliminar grande parte das causas das patologias do
edifício, nomeadamente infiltrações.
Também prevista está a criação de nova
cobertura no acesso ao pátio sul, com o intuito de estabelecer a ligação e
melhorar o conforto entre a sala de reuniões e a de espera, bem como “a
requalificação da antiga sala de acólitos, na torre da igreja, para a criação
de um espaço de interpretação e divulgação histórica e patrimonial do monumento
e a reabilitação da sala da máquina do relógio, na torre, para a criação de um
espaço museológico de divulgação do espólio da igreja.
Também vai ser feita a requalificação do
pátio lateral nascente, reparação e substituição de rebocos e cantarias dos
planos verticais exteriores, reparação e conservação de parte dos tetos e
paredes interiores, substituição de sistemas de iluminação e redes elétricas e
de telecomunicações e reformulação das redes de saneamento, abastecimento de
água e a drenagem de águas pluviais que, para além da drenagem das coberturas.
Também têm sido desenvolvidos trabalhos
de escavação arqueológica no interior e exterior do edifício, trabalhos de
conservação de elementos pétreos no interior do templo, bem como a preparação
dos trabalhos de remodelação e conservação das coberturas.
Numa segunda fase, prevê-se que a
intervenção passe por trabalhos de conservação e restauro de algum património
móvel e integrado, nas áreas de material pétreo, de pintura mural, azulejaria,
madeira, metais e vitrais. (fonte: Wikipédia)
Percorremos mais uma ruas e dirigimo-nos para Judiaria para visitar o Museu Hebraico Abraão Zacuto, não o podemos visitar, só vimos o exterior pois já encontrava-se fechado.
Sinagoga de Tomar é
uma sinagoga quatrocentista
que se encontra situada na antiga judiaria,
em pleno centro histórico da cidade de Tomar. Este antigo local
de culto, encerrado no final do século XV,
alberga actualmente o Museu Luso-Hebraico Abraão Zacuto. O edifício
é monumento nacional desde 1921.
A sinagoga é a mais antiga de Portugal, o único templo judaico do século XV em Portugal que se mantém de pé.
No final deste percurso resolvemos descansar no Jardim e Parque de Merendas do Mouchão onde se pode ver a Roda um ex-libris da cidade de Tomar.
No segundo dia tínhamos marcado um passeio de barco no Rio Zêzere. Este passeio começou no cais da Vila de Dornes e teve uma duração de três horas. Subimos o rio Zêzere apreciando a paisagem circundante e avistando as aldeias Várzea de Pedro Mouro, Casalinho Santana, Vale Bom e Foz de Alge.
Findo o passeio de barco que terminou no cais onde começou passeámos um pouco na pequena vila e fomos ver a famosa Torre de Dornes com planta pentagonal em cantaria de pedra.
Esta torre localiza-se em Dornes, na atual freguesia de Nossa Senhora do Pranto, no Município de Ferreira do Zêzere, no Distrito de Santarém, em Portugal e encontra-se classificada como Imóvel de Interesse Público desde 1943.
"A torre templária de Dornes surpreende pela invulgaridade da forma, as suas cinco faces tornam-na um exemplar raríssimo da arquitectura militar dos tempos da Reconquista. Edificada por Gualdim Pais para defesa da linha do Tejo, foi construída sobre a base de antiga torre romana, garante da segurança para a exploração do ouro que aquele povo fazia no Zêzere.
Do xisto rude destacam-se os cunhais
calcários, onde ainda se podem descobrir as marcas dos canteiros medievais.
Também de calcário é a verga da porta, aproveitamento de uma estela funerária,
provavelmente visigótica, decorada com símbolos guerreiros (lanças, espadas e
escudos). No interior da torre encontram-se, intactas, várias estelas
funerárias templárias, lembrando eras em que estes cavaleiros defendiam o
território das investidas muçulmanas e procuravam sepulcro junto das casas de
Deus.
As gárgulas dispostas nos cunhais sob o
remate deverão ser também desta época. Tem acesso sobrelevado, virado ao topo
do esporão e ao rio, por porta de verga reta, reaproveitando estela funenária,
decorada com lança, dardo e escudos relevados, sobre importas, sendo atualmente
acedido por escada adossada em L, mas que primeiramente teria apenas um lanço.
As fachadas não possuem qualquer tido de
fenestração, abrindo-se apenas no topo de duas das faces, viradas a poente,
três ventanas em arco de volta perfeita, com sinos e o portal de entrada
situa-se no lado norte da torre, com moldura rectangular, no intradorso da qual
foram esculpidos dois escudos, um dardo e uma lança.
No interior da torre ainda se conservam
algumas estelas funerárias templárias, e o espaço possui uma abóbada de tijolo
com uma inscrição, reaproveitando materiais antigos, sobre trompas de ângulo,
de possível feitura quinhentista.
Com tempos mais pacíficos e perdida a
função guerreira, a torre ficou sineira no século XVI, função que ainda hoje
conserva. À sua sombra nasceu a igreja, fundada ainda no século XII e que desde
o tempo da rainha Santa Isabel se encontra associada à lenda e culto da Senhora
do Pranto.
Para completar esta visita a Dornes, fomos almoçar o prato tradicional de peixe pescado no rio Zêzere que é a especialidade do Restaurante Fonte de Cima.
A seguir ao almoço, regressámos a Tomar e aproveitámos para visitar o Convento de São Francisco, e no mesmo local o Museu do Fósforo.
Este museu está situado no Convento de São Francisco, em Tomar, Portugal. O Convento é um local histórico que remota ao século XVII.
No Convento de S. Francisco conserva-se uma coleção com cerca de 60.000 caixas, etiquetas e carteiras de fósforos doada por Aquiles da Mota à Câmara em 1980. A coleção nasceu com uma troca de caixas entre Mota Lima e uma senhora americana durante uma viagem marítima, quando se dirigiam a Londres para a cerimónia da Coroação da Rainha Isabel II.
Esta colecção filuminista , que faz apresentação peculiar da história e da
cultura universal, é uma das maiores da Europa. Dá a conhecer a introdução e o
fabrico dos fósforos em Portugal, desde os primeiros integrais, até aos amorfos
dos nossos dias. A beleza das imagens contém uma variada informação temática de
natureza histórica e científica.
No mesmo espaço fomos também ver a exposição sobre a Festa dos Tabuleiros.
A Festa dos Tabuleiros ou Festa do Espírito Santo é a celebração mais importante da cidade de Tomar, Portugal, que se realiza de 4 em 4 anos, no início do mês de julho. A última realizou-se em 2023 e a próxima irá realizar-se novamente em 2027. É uma das maiores e mais antigas do país, sendo a Festa que atrai mais visitantes em Portugal, cerca de 600 mil pessoas apenas no dia do Cortejo dos Tabuleiros em 2019. É também considerado um dos maiores Festivais do Mundo, tendo adquirido estatuto e fama internacional, sendo hoje em dia um dos ícones culturais e turísticos ]de Portugal. Decorre atualmente a candidatura para que a Festa seja a primeira Festividade em Portugal classificada como Património Cultural Imaterial da Humanidade.
O traço mais característico desta festa é o Desfile ou Procissão dos tabuleiros, que representam as freguesias do concelho e percorre a ruas de Tomar por 5 km, ladeado pelas colchas que a população pendeu à janela, e os milhares de visitantes que vêm se deslumbrar por essa profusão de cores.
Tradicionalmente, o tabuleiro é transportado por uma rapariga vestida de branco e terá de ter a altura da mesma. Este é decorado por flores de papel colorido, espigas de trigo, 30 pães, de 400gr cada, enfiados em canas que saem de um cesto de vime evolvido por um pano branco bordado. O topo do tabuleiro é ainda composto por uma coroa encimado pela Cruz de Cristo ou a Pomba do Espírito Santo.
Além do Desfile, a Festa é constituídas de diversas cerimónias tradicionais como o Cortejo das Coroas, o Cortejo dos Rapazes, o Cortejo do Mordomo ou a chegada dos Bois do Espírito Santo os Cortejos Parciais e os Jogos Populares.
Outra das tradições mais antigas e originária de Tomar presente na Festa dos Tabuleiros, são os tapetes de flores de papel nas ruas da cidade. As ruas do centro histórico e hoje em dia um pouco por toda a cidade são ornamentadas com flores dando cor e alegria à cidade templária. Recentemente, no final do séc. XX, a decoração das ruas com tapetes de flores de Tomar começou a ser replicada por outras festividades em todo o país, embora com uma dimensão bastante menor.
No dia a seguir ao Cortejo, ainda se mantém a tradição da Pêza que consiste na partilha do pão e da carne pelas populações.
Depois destas visitas, passámos pelo Jardim do Mouchão para descansar um pouco antes de irmos para o hotel.

Quando anoiteceu fomos passear pelo centro histórico para ver a cidade de Tomar à noite.
Aproveitando o dia de regresso fomos visitar a aldeia Casal de São Simão, aldeia de Xisto, no concelho de Figueiró dos Vinhos.
Na ponta sudoeste da serra da Lousã,
existe uma aldeia de uma só rua encaixada entre fragas imponentes e
embalada pelo murmúrio contínuo da água.
Começa-se a descer desde o momento em que
se chega a Casal de São Simão. Apreciada à distância, a aldeia parece um
minúsculo ponto humanizado numa serra dominada pelo verde da vegetação e pelo
tom cinzento das rochas. Observada ao pormenor, porém, é um encantador conjunto
urbano, construído com amor e perseverança e um forte sentido de comunidade.
Em 2017, quando um grande incêndio
florestal enlutou a Zona Centro, os moradores de Casal de São Simão tomaram
mãos à obra e iniciaram um projecto-piloto para impedir que a sua aldeia viesse
um dia a ser engolida pelo fogo. Criaram-se aceiros regulares para cortar
caminho às chamas e charcas para fornecer água e reduzir a temperatura.
Iniciou-se também um processo lento de reconversão da floresta, com a plantação
de flora autóctone e a progressiva substituição das espécies lenhosas de mais
fácil combustão. Tudo isso só foi possível porque, nesta aldeia do monte São
Simão, onde se ergue o mais antigo templo religioso do concelho de Figueiró dos
Vinhos (a ermida dedicada ao santo local), existe a forte convicção de que o
destino de um será o destino de todos.
Essa convicção já há muito que se
expressava na arquitectura. Embora integre a Rede das Aldeias do Xisto, Casal
de São Simão é uma aldeia dominada por casas de quartzito, impressionantes e
coesas, mas ao mesmo tempo singularmente personalizadas por pequenos retoques
de bom gosto. Aqui um varandim de madeira; acolá uma carroça decorativa; mais
além, as cortinas e as floreiras como elementos decorativos.
Ao visitante que começa a descoberta da
aldeia pelo topo do monte, acorre por vezes a sensação de que os irmãos Grimm
talvez tivessem em mente um sítio como este quando escreveram as suas
inesquecíveis fábulas. Há de facto recantos em Casal de São Simão que não
destoariam nesse contexto literário de faunas e fadas dispersos por bosques e
casas de pedra.
A visita tem de ser realizada a pé,
colocando como objectivo a praia fluvial das fragas de São Simão e as próprias
fragas que, nos períodos de maior pluviosidade, alimentam incessantemente este
curso de água. Na verdade, não há uma única praia fluvial: há dezenas de
pequenos espaços, separados por grandes rochedos, que fornecem privacidade e
conferem ao visitante a percepção de que se encontra quase isolado neste
recanto mágico.
A vida na serra mudou muito, mas a ligação com a água permanece. Vestígios de moinho de mós comprovam a utilidade que a ribeira lá em baixo sempre teve para uma comunidade de práticas rurais, mas Casal de São Simão também encantou os artistas. Na viragem para o século XX, quando o município local lhe encomendou a pintura para retábulo da Igreja Matriz de Figueiró dos Vinhos, o pintor José Malhoa calcorreou estes montes, com um modelo vestido com uma túnica, à procura de uma paisagem que pudesse ser tomada pela envolvência bíblica do rio Jordão. Os historiadores de arte acreditam que é o monte de São Simão que figura na obra de Malhoa. (fonte: National Geographic)
Depois da visita ao Casal de São Simão, iniciámos o regresso a casa.
No trajecto passámos pela cidade de Fátima para carregar o carro e almoçar. Depois de procurarmos escolhemos o Restaurante Tasquinha, foi uma agradável surpresa, boa comida, pessoal simpático, bom ambiente onde esperamos algum dia voltar.
E assim chegámos ao fim da nossa escapadinha em terra de Templários.
















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