Num programa dos SSAP fizemos um passeio de um dia por Belas e Sintra.
Em Belas estava prevista uma visita à Quinta Nova da Assunção, que não se realizou porque estavam a ser feitas filmagens nesta quinta.
Visitámos no mesmo local a Igreja Matriz de Belas ou Igreja de Nossa Senhora da Misericórdia, uma das mais antigas igrejas de Portugal.
O pórtico manuelino foi modificado nos séculos XVII e XVIII. Pela sua estrutura e decoração, integra-se na tipologia dos pórticos executados durante o período manuelino. Pertence ao grupo de pórticos de linhas e feição extremamente simples, de arco conopial sob dois colunelos lisos, de bases oitavas, capitéis em cogulho e arco rematado ao centro também com cogulho de vegetação.
desconhece-se a data exacta da sua construção, bem como grande parte da sua evolução posterior. Pelos elementos decorativos denotamos campanhas de obras durante os séculos XVII e XVIII.
Em 1622 foi feita a dotação dos azulejos de tapete da nave; do século XVII são também o púlpito de mármore e o retábulo de talha dourada da capela-mor. No século XVII feitos azulejos rocaille da capela-mor com cenas da "Natividade".
De tarde depois do nosso almoço num restaurante no Mercado Municipal da Estefânia em Sintra, fomos até ao Palácio Nacional de Sintra onde nos reunimos com o grupo para depois seguirmos para a visita guiada ao Palácio e Parque Biester.
Este Palácio abriu para visitas ao público em 2022, depois de obras de recuperação.
O Palácio Biester está localizado no coração de Sintra, sendo parte integrante do sumptuoso cenário que tornou a vila famosa enquanto capital mundial do Romantismo.
Edificado durante as últimas décadas do século XIX, o monumento foi projectado pelo primeiro arquitecto português José Luiz Monteiro e, decorado pelos melhores artistas da época, nomeadamente, Luigi Manini e Leandro de Sousa Braga, entre outros. A riqueza das influências estilísticas que denota, resulta num conjunto de grande importância histórica e artística, perfeitamente integrado no espírito Românico da paisagem em que está inserido, ao mesmo tempo que se afirma como um dos expoentes máximos da modernidade no final do século, marcado por um funcionalismo de vanguarda, e pela ousadia do seu programa decorativo.
O Palácio está envolvido pelo majestoso Parque Biester, um verdadeiro Éden de espécies arbóreas raras e exuberantes, magistralmente concebido pelo paisagista francês François Nogré, no qual abundam as zonas frescas e verdejantes e os cursos de água, favorecido ainda pela existência de dois magníficos miradouros, de onde é possível avistar o Castelo dos Mouros, ou obter uma vista deslumbrante até ao mar.
Mas o universo Biester é muito mais do que os nossos olhos conseguem ver, com uma história repleta de segredos, e uma dimensão espiritual misteriosa e cativante. Todos os acontecimentos que deram origem à sua edificação, em particular, da Capela e da Biblioteca, se revestem de um misticismo profundo e complexo, onde arte e religião se encontram, de uma maneira singular e inesperada, num percurso que se constrói através de temas tão intrigantes como os Cavaleiros Templários, Roma e a Cristandade, ou mesmo através de ligações esotéricas às esferas do Ocultismo. Mais do que um monumento histórico, o Palácio Biester é uma misteriosa aventura num labirinto cultural fascinante e pouco explorado. (fonte: Palácio Biester)
Um encanto este Palácio, belissimamente conservado! O casal Biester faleceu pouco depois da construção da sua casa de família, mas o Palácio permaneceu, em sua memória e em memória do trabalho dos grandes mestres que nele estiveram envolvidos.
O Parque merece uma visita com mais pormenor pela diversidade da flora exótica que encontramos nesta bela obra de arquitectura paisagística, como é tão característica nos parques de Sintra. Decerto que voltaremos para completar esta visita.





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