Num passeio por Cascais, ao Domingo, aproveitámos para ver a
Exposição de trabalhos de Rosa Ramalho na Cidadela
de Cascais e, casualmente, assistir ao Quarteto de Saxofones da Banda
Sinfónica da GNR no Salão de Vidro do Palácio
da Cidadela.
“ROSA RAMALHO: As Escolhas de um Colecionador” é a mais recente exposição aberta ao público
no Palácio da Cidadela. A mostra divulga pela primeira vez ao público um
notável conjunto de obras de Rosa Ramalho (1888-1977), uma das mais conhecidas
bonecreiras portuguesas do século XX.
A exposição, reúne mais de uma centena de
peças, propriedade dos herdeiros do colecionador Tito Iglésias que vivia no
Monte Estoril, dá a conhecer o vasto trabalho da bonecreira barcelense,
evidenciando os aspetos em que Rosa Ramalho explora a imitação de peças que
aprendeu a fazer ainda em menina, no final do séc. XIX, e aquelas em que é notória
a sua reconhecida criatividade figurativa através da qual evoca o surrealismo,
o real e o fantástico.
O percurso pelas várias salas deste espaço
cultural de Cascais possibilita o conhecimento das técnicas utilizadas pela
escultora, ceramista e oleira na produção de figurado e o modo como tratava
temas como a vida quotidiana, a festa e os divertimentos, a religião, a fauna,
o bestiário e o bicho feroz com boca de lampreia.
ROSA RAMALHO | Rosa
Barbosa Lopes nasce a 14 de agosto de 1888, em S. Martinho de Galegos. A sua
ligação com o barro dá-se cedo. Numa terra onde os artífices da cerâmica
abundavam, ainda menina, rondaria os sete anos de idade, aprendeu esta arte com
uma vizinha e começou a fazer pequenas cestas e figurinhas de barro figurado (o
divertimento e a delícia da pequenada), que se vendiam em Barcelos e pelas
feiras, festas e romarias do norte de Portugal.
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| Cascais - Exposição de Rosa Ramalho |
Não andou na escola, não sabendo ler nem
escrever. A 20 de fevereiro de 1908, antes dos 20 anos, casa com António da Mota,
moleiro de profissão. Durante os quase 50 anos em que foi casada, dedica-se a
ajudar o marido nas diversas tarefas da vida de moleiro, bem como a cuidar dos
filhos e da casa, continuando também a fazer figurado.
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Morre a 24 de setembro de 1977, em sua casa, em S.
Martinho de Galegos, Barcelos. A título póstumo, a 9 de abril de 1981, é
agraciada com o grau de dama da Ordem Militar Sant’Iago da Espada e a 31 de
agosto de 2022 recebe a medalha de Honra da cidade de Barcelos (grau Ouro). A nossa intenção era ver a Exposição, mas como
ainda havia lugares e estava na hora do concerto, tivemos a oportunidade de
assistir ao Quarteto de Saxofones da Banda Sinfónica da GNR, no Palácio da
Cidadela, interpretando várias melodias de compositores nacionais e estrangeiros.
Este concerto faz parte de um programa de concertos ao Domingo no Palácio da
Cidadela, a "Melomania",
nos meses de Março e Abril. Programa
Concerto Italiano - J.S. Bach Sevilla - Isaac Albeniz
Four, for Tango - Astor Piazzolla Three Preludes - George Gershwin
Saxophone Quartet - Philip Glass Smoking Aria - Bernardo Sassetti
Verdes Anos - Carlos Paredes Foi Deus - Alberto Janes Cascais - Concerto na Cidadela |


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