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Subúrbio de Olisipo

Da programação do Centro de Arqueologia de Lisboa (CAL), fizemos o percurso "Pelo subúrbio de Olisipo".


Iniciámos o percurso na Casa dos Bicos onde se podem observar vestígios de cetárias da época Romana da cidade de Olisipo. Lisboa é uma cidade muito antiga que encobre os vestígios de várias épocas, a Baixa Pombalina foi construída sobre várias camadas de escombros de várias épocas que cobrem a antiga Olisipo, a Lisboa Romana.

Lisboa - Zona da Ribeira Velha

Com a ajuda do CAL – Centro de Arqueologia de Lisboa, foi possível esboçar uma cidade, capital do município de Felicitas Iulia Olisipo que, somado o seu subúrbio, do Tejo rumo ao norte não iria além da Praça do Marquês de Pombal, a oriente seguia até perto de Santa Apolónia, a ocidente até à colina de São Francisco, com um porto natural ao longo do seu interface ribeirinho, beneficiando de um extenso estuário. Desta cidade estão identificados o Teatro, o Circo, casas de famílias abastadas (Domus), templos, termas, necrópoles, diversas oficinas de produção de produtos piscícolas, estas últimas responsáveis pelos inúmeros vestígios de cetárias que têm vindo a ser descobertas na zona da actual Baixa, como seja o caso das que estão visíveis no Núcleo Arqueológico da Rua dos Correeiros ou na Casa dos Bicos, e ainda algumas artérias e vias de comunicação.

Após a descrição na Casa dos Bicos seguimos pela Rua dos Bacalhoeiros na Baixa de Lisboa onde outrora existiam diversas oficinas de produção de produtos piscícolas, estas últimas responsáveis pelos inúmeros vestígios de cetárias que têm vindo a ser descobertas nesta zona.

Entrámos na Rua da Madalena continuando a descrição dos locais onde existiram outras oficinas de produção de produtos piscícolas, seguimos para a Rua da Conceição passando pela entrada das Galerias Romanas existente nesta rua. Entrámos na Rua Augusta seguindo até ao Rossio onde nos foi indicado que naquele local tinha existido o Circo Romano.

Lisboa - Zona das Galerias Romanas

Uma via secundária, que partia da estrada principal onde hoje se encontra a Praça da Figueira, dava acesso ao circo - e ao longo desse caminho, de um lado e do outro, distribuía-se a necrópole.
Construído fora dos limites da cidade, para lá da muralha de Felicitas Iulia Olisipo, no atual Rossio, o circo era o local de lazer por excelência, onde decorriam corridas de bigas e quadrigas (de dois e de quatro cavalos), além de lutas de animais, e onde se organizavam eventos comemorativos.
O que resta do circo de Felicitas Iulia Olisipo foi descoberto inicialmente durante as obras do Metropolitano de Lisboa por Irisalva Moita, em 1961. Nessa altura, no entanto, julgava-se que a estrutura em opus signinum, ladeada por um murete, com uma largura de seis metros, fosse uma estrada ou parte do porto.
Em 1994, nas obras de expansão da rede, identificou-se um novo troço a 6,5 metros de profundidade - a spina, a barreira que constitui o elemento central dos circos romanos. Identificou-se igualmente um plinto (base de um pilar ou, no caso, possivelmente de uma estátua) e exumou-se parte da arena. Um fragmento de cerâmica de terra sigillata hispânica do século II d.C. ajudou a datar o circo.
O tabuleiro em opus signinum era largo, estava ladeado por dois muros e fazia parte de um complexo que incluía bacias de água decorativas (euripus), mas também com uma função prática (talvez para os cavalos se refrescarem). Do lado de fora, a barreira era revestida por materiais nobres, que incluíam a placa rosada de mármore encontrada pelos investigadores junto ao muro. (fonte: Lisboa Romana)

Lisboa - Zona do Circo Romano



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