Decidimos fazer um passeio pelo norte de Portugal, na região do Minho, com intenção de fazer uma caminhada na Ecovia do Vez, Arcos de Valdevez, com os amigos Judite e
Renato.
1º dia
Aproveitámos uma ida da Albertina ao médico oftalmologista no Porto para
fazermos este passeio, saímos de Lisboa, Santa Apolónia,
o Luis foi-nos levar à estação, seguindo de comboio até ao Porto, Campanhã,
onde alugámos o carro que tínhamos marcado previamente, a consulta estava
marcada para as 12h, depois da consulta saímos do Porto em direcção a Sampriz, Ponte da Barca, parámos para almoçar
na Maia, Porto.
Marcámos antecipadamente o alojamento na "Casa da Portela de Sampriz".
A Casa da Portela de Sampriz é uma casa senhorial de raiz quinhentista,
aninhada na encosta do Monte de Santa Rita a meio caminho da vila de Ponte da Barca.
Esta casa senhorial constitui um conjunto arquitectónico harmonioso, que
resulta de extensas obras de beneficiação e ampliação efectuadas no século
XVIII, data da construção da Capela dedicada a Santo António, do pátio central
e do imponente portão de entrada. Ainda hoje, no piso térreo da casa e em
dependências agrícolas anexas podem observar-se vários vestígios quinhentistas.
Os actuais proprietários, procederam a obras profundas de restauro e renovação,
para adaptar a casa e a quinta a Agroturismo. A Quinta, os espigueiros, a eira,
os campos verdejantes as árvores seculares marcam o tempo da prosperidade
agrícola desta casa e da região do Minho.
2º dia
Depois do pequeno-almoço seguimos num dos carros em direcção a Lindoso, aldeia do concelho de Ponte da Barca
que faz fronteira com Espanha e está inserida no Parque Nacional Peneda-Gerês.
Foi vila e sede de concelho até ao início do século XIX.
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| Lindoso - Espigueiros |
Começámos o passeio por ver o conjunto de mais de 50 espigueiros datados dos séculos XVIII e XIX, o maior ajuntamento de espigueiros em Portugal, ainda hoje são utilizados para a secagem de cereais, passámos também pelo Pelourinho e pelo Cruzeiro do Castelo, acabando a nossa visita no Castelo datado do século XIII, mandado edificar por D. Afonso III, que hoje é considerado monumento nacional.
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| Lindoso - Castelo |
Em seguida dirigimo-nos para Soajo, uma das mais
típicas aldeias de Portugal pertencente ao concelho de Arcos de Valdevez. A
aldeia foi vila e sede de concelho entre 1514 e meados do século XIX.
Apreciámos a Casa da Câmara, a Casa do Enes, a Igreja Paroquial de São Martinho
do Soajo, e o Pelourinho.
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| Soajo |
Continuámos até Arcos de Valdevez para almoçar. Parámos no restaurante "O Braseiro", onde se comeu a tradicional Posta Maronesa e Bacalhau à Lagareiro, e o tradicional Leite Creme Queimado. Bela refeição, bem confeccionada e em quantidades generosa, e o preço uma agradável surpresa.
Depois do almoço seguimos para Monção para visitar o Palácio da Breijoeira que se localiza na Freguesia de Pinheiros.
Grandiosa construção em estilo neoclássico, do início do séc. XIX, com uma
planta em forma de "L", apresenta, no entanto, ornatos de estilo
rococó. É um conjunto notável de palácio, bosque, jardins e vinhas que seduz e
encanta pela harmonia.
No seu interior conserva ainda algumas salas com interesse, nas quais a
decoração é neoclássica, destacando-se os faustosos salões com valiosas
pinturas (entre as quais um retrato de D. João VI resguardado por um dossel com
sanefas e cortinas laterais), frescos e distinta decoração.
À entrada, grande escadaria nobre, lançada de um espaçoso átrio. Nas
paredes painéis de azulejo de Jorge Pinto, executados já no século XX, como
aliás muitas das obras e alterações que se efectuaram no início deste século.
Possui ainda uma capela e um teatro, de forte influência classicista.

Pinheiros - Palácio da Breijoeira
Regressámos a Ponte de Barca, passando por Vilela, Arcos de Valdevez, para tomar
conhecimento do local aonde iríamos, no dia seguinte, fazer o percurso da Ecovia
do Vez entre Sistelo e Vilela.
Em Ponte da Barca passeámos junto ao Rio Lima, onde existe uma ponte medieval
datada do séc. XV. A história desta vila prende-se com a travessia do rio,
tendo sido primeiro denominada de Barca, porque a travessia era feita na época
somente por uma barca, passado posteriormente o nome para Ponte da Barca,
aquando da construção da sua primeira ponte, provavelmente, em meados do século
XIV. Como símbolo existe actualmente uma barca estacionada no rio.
Ponte da Barca
Continuámos o passeio pelo mercado pombalino e depois fomos jantar.3º dia
Este foi o dia da caminhada. Saímos de Sampriz pelas 10h em direcção a
Sistelo, apelidado também de "Tibete português".
Iniciámos aqui o percurso para Vilela, percurso a rondar os 12 km. No dia
anterior informaram-nos que este seria o sentido mais fácil de fazer.
Este percurso da Ecovia encontra-se bem-sinalizado, mas com poucos pontos de
apoio, lugares para descansar um pouco no meio do percurso não existem. A maior
parte do trilho segue junto ao Rio Vez, os caminhos são
de terra batida e de pedras largas, passadiços de madeira são muito poucos.A paisagem é verde e magnífica, com o chilrear dos pássaros e o sussurrar do
rio. Parte deste percurso é feito por estrada para unir e continuar junto ao
rio. Trilho cansativo, mas pudemos desfrutar a natureza e encher os
pulmões de ar puro. Escrevendo para a Câmara Municipal de Arcos de Valdevez
sobre este trilho a informação obtida foi que em breve irá ser melhorado o
percurso com apoio para descanso e deixará de existir o percurso por estrada
pois será substituído por uma ligação em passadiço sobrelevado junto ao rio
Vez.
Chegados à Ponte Medieval de Vilela,
telefonámos para um táxi nos levar até Sistelo onde tínhamos deixado o carro.
Passeámos um pouco pela aldeia, infelizmente os dois cafés existentes estavam
fechados, não deu para petiscar as iguarias da região.
Vilela
Regressámos a Arcos de Valdevez. Passeámos no centro da vila. Aproveitámos
para comprar os famosos "Charutos dos Arcos", doce vencedor das
"7 Maravilhas Doces de Portugal 2019".
Fomos ainda ver a Igreja da Misericórdia,
edificada no século XVI, tendo uma renovação profunda no século XVIII. De
realçar o nicho amplo sobre o portal central, da Nossa Senhora da Porta.
Arcos de Valdevez
Depois deste passeio jantámos no restaurante "O Lagar". Restaurante pequeno mas com uma
cozinha bem confeccionada e de quantidades generosas.
Após o jantar regressámos a Sampriz, para descansar.
4º dia
Último dia deste passeio pela região Minhota, norte de Portugal. Após o
pequeno-almoço, fomos fazer uma visita à quinta pertencente à casa onde ficámos
estes dias hospedados. A proprietária acompanhou-nos nesta visita.
Casa da Portela de Sampriz
Após esta visita partimos em direcção a Rubiães, Paredes de Coura, aldeia onde nasceu a mãe do
Carlos, e onde ele passou algum tempo na infância. Visitámos a Igreja de S. Pedro de Rubiães
datada de 1257 e desde 1913 património nacional. Passámos ainda pelos
locais vividos na infância pelo Carlos. O tempo não perdoa e o que foi em
tempos os locais mais emblemáticos desta aldeia, já não existem.
Rubiães
Passando por Caminha, fizemos uma paragem para visitar o
centro histórico. Seguimos então para o Porto, estação de Campanhã para
entregar o carro que tínhamos alugado e esperar pelo comboio de regresso a
Lisboa, Santa Apolónia.
Caminha
Terminámos estes excelentes dias por esta linda região que nunca é demais
visitar, quanto mais se visita mais vontade se tem de lá voltar.

Regressámos a Ponte de Barca, passando por Vilela, Arcos de Valdevez, para tomar
conhecimento do local aonde iríamos, no dia seguinte, fazer o percurso da Ecovia
do Vez entre Sistelo e Vilela.
Em Ponte da Barca passeámos junto ao Rio Lima, onde existe uma ponte medieval
datada do séc. XV. A história desta vila prende-se com a travessia do rio,
tendo sido primeiro denominada de Barca, porque a travessia era feita na época
somente por uma barca, passado posteriormente o nome para Ponte da Barca,
aquando da construção da sua primeira ponte, provavelmente, em meados do século
XIV. Como símbolo existe actualmente uma barca estacionada no rio.
3º dia
Chegados à Ponte Medieval de Vilela,
telefonámos para um táxi nos levar até Sistelo onde tínhamos deixado o carro.
Passeámos um pouco pela aldeia, infelizmente os dois cafés existentes estavam
fechados, não deu para petiscar as iguarias da região.
Regressámos a Arcos de Valdevez. Passeámos no centro da vila. Aproveitámos
para comprar os famosos "Charutos dos Arcos", doce vencedor das
"7 Maravilhas Doces de Portugal 2019".
Fomos ainda ver a Igreja da Misericórdia,
edificada no século XVI, tendo uma renovação profunda no século XVIII. De
realçar o nicho amplo sobre o portal central, da Nossa Senhora da Porta.
Depois deste passeio jantámos no restaurante "O Lagar". Restaurante pequeno mas com uma
cozinha bem confeccionada e de quantidades generosas.
Após o jantar regressámos a Sampriz, para descansar.
4º dia
Último dia deste passeio pela região Minhota, norte de Portugal. Após o
pequeno-almoço, fomos fazer uma visita à quinta pertencente à casa onde ficámos
estes dias hospedados. A proprietária acompanhou-nos nesta visita.
Após esta visita partimos em direcção a Rubiães, Paredes de Coura, aldeia onde nasceu a mãe do
Carlos, e onde ele passou algum tempo na infância. Visitámos a Igreja de S. Pedro de Rubiães
datada de 1257 e desde 1913 património nacional. Passámos ainda pelos
locais vividos na infância pelo Carlos. O tempo não perdoa e o que foi em
tempos os locais mais emblemáticos desta aldeia, já não existem.
Passando por Caminha, fizemos uma paragem para visitar o
centro histórico. Seguimos então para o Porto, estação de Campanhã para
entregar o carro que tínhamos alugado e esperar pelo comboio de regresso a
Lisboa, Santa Apolónia.
Terminámos estes excelentes dias por esta linda região que nunca é demais
visitar, quanto mais se visita mais vontade se tem de lá voltar.












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