Organizado pelos Centros de Convívio dos SSAP, fomos passar uns
dias em Santa Cruz da Trapa,
S. Pedro do Sul.
1º dia
Saímos como habitualmente de Sete-Rios em Lisboa, em direcção a Coimbra onde fizemos as primeiras visitas.
![]() |
| Coimbra - Igreja de S. Bartolomeu Depois desta visita continuámos a caminhar na Praça do Comércio, passando
pela Igreja de S. Tiago, e seguindo para
o restaurante "O Garfinho à Portuguesa",
para almoçar. Coimbra - Igreja de S. Tiago Depois do almoço seguimos até ao Mosteiro de Santa Cruz, junto à Câmara Municipal. Coimbra - Mosteiro de Santa Cruz e Câmara Municipal Do programa fazia parte uma visita ao Museu Machado de Castro, mas como
já o tínhamos visitado recentemente escolhemos fazer uma visita ao mosteiro de
Santa Cruz que não conhecíamos.
Fundado em 1311, o primitivo edifício do Mosteiro e Igreja de Santa Cruz foi erguido
entre 1132 e 1223, com projecto do mestre Roberto, conceituado artista do
estilo românico. A partir de 1507, o rei D. Manuel I de Portugal ordenou uma
extensa reforma, reconstruindo e redecorando o mosteiro e a sua igreja. Nessa
época foram transladados os restos mortais de D. Afonso Henriques e de D. Sancho I dos seus primitivos sarcófagos para novos túmulos decorados em
estilo manuelino.
Cerca de 1530 foi adicionado sobre a entrada um Coro-alto, nesse espaço foi
instalado um magnífico cadeiral de madeira esculpida e dourada. Este cadeiral é
um dos raros da época manuelina ainda existentes no país. Coimbra - Mosteiro de Santa Cruz A sacristia da igreja é um exemplar típico do estilo maneirista, construída
entre 1622 e 1624. A sacristia está decorada com azulejos seiscentistas e
possui quadros notáveis de dois dos melhores pintores quinhentistas
portugueses: Grão Vasco e Cristóvão de Figueiredo. Coimbra - Mosteiro de Santa Cruz No museu de Arte Sacra estão depositadas as peças mais valiosas que fizeram
parte do tesouro do Mosteiro. Entre elas podemos referir a CASULA, que dizem ser dos Mártires de Marrocos. O tecido de
que foi confeccionada é de origem mourisca do séc. XIII, dois meios corpos,
também de prata e do séc. XVI, são relicários preciosos que contêm relíquias
dos cinco mártires de Marrocos. Coimbra - Mosteiro de Santa Cruz A sala do capítulo, manuelina, entre 1507 e 1513, possui uma capela maneirista de São Teotónio, datada de cerca de 1588. Nessa capela encontram-se os restos do fundador do mosteiro, canonizado já no século XII. Junto ao capítulo está o chamado "Claustro do Silêncio". A fonte no centro é do século XVII. ![]() Coimbra - Mosteiro de Santa Cruz O Claustro do Silêncio do Mosteiro de Santa
Cruz é considerado um dos mais famosos Claustros de Portugal. Feito em estilo
Manuelino, com uma decoração naturalista, bem patente nos arcos e sobretudo no
recanto que é a Fonte de Paio Guterres.
A fonte serviu de lavabo aos frades pela proximidade a que ficava do
refeitório. Ao centro do relvado, está um chafariz com duas taças sobrepostas e
encimado pela imagem do Anjo Custódio. Vários
são os túmulos disseminados na área do claustro. ![]() Coimbra - Mosteiro de Santa Cruz O Santuário é uma capela, de forma
elíptica, construída para ser um grande relicário, isto é, abrigar as relíquias da
comunidade. São doze altas pirâmides, a toda volta do Santuário. Cada pirâmide,
nas faces visíveis, ostenta dezoito relíquias e os suportes das pirâmides
mostram três relíquias, cada uma em sua face visível. A iluminação da Capela é
feita por janelões que difundem luz natural a todo conjunto. Coimbra - Mosteiro de Santa Cruz As Ordens masculinas têm quase sempre o coro nas respectivas Capelas Maiores, onde se congregam os seus membros. A narrativa da epopeia marítima está representada no Cadeiral, com os seus símbolos mais expressivos. As esferas armilares no velame das caravelas e nos espaldares dos Cadeirais de cima, os escudos e brasões portugueses e outros pormenores verdadeiramente nacionais são indício claro do momento de glória e euforia nacional que naquela época se respirava por toda a parte. Coimbra - Mosteiro de Santa Cruz O estatuto de Panteão Nacional, sem
prejuízo da prática do culto religioso, foi reconhecido ao Mosteiro de Santa
Cruz de Coimbra em agosto de 2003, pela presença tumular dos dois primeiros
Reis de Portugal, D. Afonso Henriques e D. Sancho I. Coimbra - Mosteiro de Santa Cruz Acabada a visita ao Mosteiro, entrámos no Café Santa Cruz que fica logo ao lado. Após a sua dessacralização, este edifício conheceu diversas funções, sendo
utilizado como armazém de ferragens, esquadra de polícia, armazém de
canalizações, estação de bombeiros e mesmo como casa funerária. Classificado como Monumento Nacional desde
outubro de 1921, no início da década de 1920 o imóvel foi adaptado às funções
de café-restaurante. Com uma nova fachada em estilo neo-manuelino, o projecto
foi assinado pelo arquitecto Jaime Inácio dos Santos. A inauguração do Café
Santa Cruz ocorreu a 8 de maio de 1923. Coimbra - Café Santa Cruz Em seguida começámos a subida até à Sé Nova. No caminho passámos pela Porta e Torre de Almedina. Assente na parte mais baixa da cerca medieval, a sua edificação poderá
remontar à época do conde Sesnando Davides, que conquistou Coimbra em
1064, tendo sido ao longo dos séculos por diversas vezes reformada e
remodelada. Esta porta era defendida, primitivamente, por dois cubelos
avançados que, mais tarde, foram ligados por meio de um arco fundo, por sobre o
qual foi levantado o forte torreão. O seu aspecto actual poderá ser resultante
de uma reforma no início do século XVI, por determinação de Manuel I de
Portugal. Coimbra - A caminho da Sé Nova Passámos ainda pela Sé Velha. Esta começou a ser construída em
1139 acabando em 1182. Em 1185, foi coroado ali o segundo rei de Portugal, D. Sancho
I. Após
subirmos mais um pouco chegámos finalmente à Sé Nova. Próximo da Universidade de Coimbra,
o Colégio das Onze Mil Virgens (vulgarmente designado de Sé Nova), é de origem Jesuíta, onde os seus clérigos se haviam
instalado em Coimbra em 1541. O templo começou a ser construído em 1598, com
projecto do arquitecto oficial dos jesuítas de Portugal, Baltazar Álvares, influenciado pela igreja do Mosteiro de São Vicente de Fora em Lisboa. As obras desenvolveram-se com lentidão, e o culto
somente se iniciou em 1640, sendo o templo inaugurado apenas em 1698. Em 1759, os Jesuítas foram banidos de Portugal pelo Marquês de Pombal e, em
1772, a sede episcopal de Coimbra foi transferida da ilustre Catedral de
Coimbra Igreja de Santa Maria denominada Sé Velha, por esta ser de origem
arquitectónica românica, para a mais espaçosa igreja jesuíta, somente por este
colégio ser maior e poder albergar mais pessoas. Coimbra - Sé Nova Terminadas estas visitas a Coimbra iniciámos a nossa viagem até Santa Cruz
da Trapa onde ficámos instalados na Casa Alice Félix. 2º diaO dia foi passado na cidade de Viseu. Começámos por
visitar o Casa-Museu Almeida Moreira. O Museu Almeida Moreira foi criado na casa onde viveu Francisco Almeida Moreira, com o objectivo de
fazer perpetuar a memória e o legado desta figura ímpar na sociedade viseense e
portuguesa do século XIX. Viseu - Casa-Museu Almeida Moreira Depois desta visita seguiu-se a visita ao Museu da Cidade, que ocupa na Rua Direita, uma das artérias mais
emblemáticas da cidade, o edifício da antiga Papelaria Dias, um antigo espaço
icónico da cidade. É aqui que começa uma viagem com 2500 anos e o início de um
museu que “ainda está na sua primeira encarnação” o Museu de História da
Cidade. Um local repleto de memórias onde podemos contemplar o passado,
presente e futuro de Viseu. Viseu - Museu da Cidade Após esta visita fizemos uma pequena pausa para almoço. Logo a seguir ao almoço visitámos a Igreja dos Terceiros de São Francisco datada
da segunda metade do século XVIII, situada no Parque da Cidade. A sua
bela fachada foi desenhada por António Mendes Coutinho, discípulo de Nicolau Nasoni. O interior é dominado pela talha dourada do altar-mor,
de dois altares colaterais e dois altares laterais, obras do grande entalhador
e escultor José da Fonseca Ribeiro. As paredes interiores possuem um friso de
azulejos com a vida de São Francisco. Viseu - Igreja dos Terceiros de S. Francisco A visita continuou para a Casa da Ribeira que é um espaço cultural
evocativo de múltiplas memórias de Viseu e da história recente do lugar. Viseu - Casa da Ribeira A ela associam-se a presença dos tradicionais moinhos do rio Pavia, o lagar de azeite e o labor das
lavadeiras que coravam e secavam as roupas junto da represa do moinho. A Casa
evoca ainda a presença das Barcas na Ribeira, que marcaram a vida do rio e da
comunidade, em momentos de lazer e num imaginário infantil de aventuras. Edificada nos finais do século XVII, a Casa da Ribeira é uma antiga casa de
lavradores, com características da arquitectura tradicional típica da região
viseense. Apresentando uma estrutura robusta, de carácter utilitário, a casa divide-se em
dois pisos, com fachadas marcadas pela disposição regular dos blocos de
granito, rematados por friso, cornija e beiral duplo. Depois desta visita seguimos para a Quinta da Cruz que se encontra situada nas margens do rio Pavia e a 2,5km
da cidade, com uma extensa área verde de assinalável biodiversidade, a Quinta
da Cruz apresenta ao público uma exposição permanente, exposições temporárias e
diversas oficinas criativas. Viseu - Quinta da Cruz Tivemos oportunidade de ver uma exposição de nome "Horizonte" da artista plástica Cristina Rodrigues. Viseu - Exposição de Cristina Rodrigues na Quinta da Cruz Finda a visita regressámos a Santa Cruz da Trapa para jantar e repousar. 3º diaEste parque localiza-se na Serra da Arada. É um espaço de contacto com a
natureza, onde se pode praticar desporto, caminhar na natureza ou relaxar. Bioparque da Serra da Arada Fizemos uma caminhada para ver alguns do 13 moinhos de água que foram
recuperados ao longo de uma linha de água ornamentada com violetas, fetos,
musgos e salgueiros. Uma característica comum a todos eles são a existência de
levadas em aqueduto. A finalidade da recuperação dos moinhos foi recriar o antigo ciclo do
fabrico do pão, desde a moagem da farinha até à confecção da broa. No final da
visita fomos agraciados com um lanche de produtos da região. Bioparque da Serra da Arada Depois da visita fomos almoçar em S. Pedro do Sul. S. Pedro do Sul Após o almoço fizemos a viagem de regresso a Lisboa, onde chegámos ao final
do dia. |


























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