Rota do Douro

Inserido nos programas de Férias Sénior do SSAP fomos fazer o programa "Rota do Douro" entre os dias 17 e 21 de setembro.

1º dia - 17 de setembro (2ª feira)

Começámos a nossa viagem com saída de Sete Rios (Lisboa) pelas 9:00 com destino a Vila Real.

Fizemos uma primeira paragem na Área de Serviço de Aveiras de Cima, continuando para Coimbra, por volta das 13:00 parámos em Macinhata do Vouga para almoçar no restaurante "As Cubatas".

Macinhata do Vouga - Restaurante As Cubatas

Depois do almoço partimos em direcção ao Porto. Após uma breve paragem seguimos em direcção a Penafiel.

Chegámos a Vila Real cerca das 17h30, fizemos o check-in no Hotel Mira Corgo.

Vila Real - Hotel Mira Corgo

Depois de ficarmos instalados no quarto 207 fomos passear um pouco pelo centro de Vila Real até à hora de jantar que estava marcado para as 20h00.

Após o jantar houve uma pequena reunião com a Inês Sousa, a nossa animadora de grupo, para falar sobre o programa destes dias pela Região do Douro.

2º dia - 18 setembro (3ª feira)

A parte da manhã deste dia foi dedicada a visitar a cidade de Vila Real.

Vila Real - Centro

Começámos pelas 9:45 uma pequena caminhada até à Câmara Municipal de Vila Real, local do ponto de encontro com uma técnica da Câmara que nos guiou na visita a alguns pontos de interesse. 

A primeira visita foi ao Museu da Vila Velha, local onde se pode encontrar um pouco da história da antiga Vila Real.

Vila Real - Museu da Vila Velha

Depois desta visita caminhámos em direcção à Igreja da Misericórdia.

Uma obra quinhentista, foi mandada construir por D. Pedro de Castro, abade de Mouçós. D. Pedro queria criar uma fundação, e foi dessa fundação que surgiu uma capela. O início da construção foi em 1536 e teve o seu término em 1548, em que a igreja passou para as mãos da Santa Casa da Misericórdia, onde persiste até hoje. Uma das obras era enterrar os mortos no chão da própria igreja, chegando ao ponto de serem conhecidas de taburnos.

Em 1542, e devido ao crescimento da cidade, foram compradas as casas que rodeavam a capela, alargando-a. Devido a este alargamento, construiu-se a actual Igreja da Misericórdia, ficando assim dividida em duas partes, a primeira (frente) é a capela-mor, e a segunda parte (trás) o alargamento que sofreu.

A igreja tinha quatro retábulos de estilo barroco, que foram retirados para um restauro. Qual foi o espanto que, no lugar destes, apareceram outros dois de granito pintados e dourados, muito mais valiosos por serem de origem do estilo maneirista.

Vila Real - Igreja da Misericórdia

Após esta visita seguimos para o Museu de Arqueologia e Numismática, museu que tem um vasto espólio de moedas (35.000), estando em exposição permanente (5.000).

Vila Real - Museu de Arqueologia e Numismática

Depois desta visita ainda tivemos tempo para passear pelas ruas mais tradicionais de Vila Real. Chegámos ao hotel pelas 13h00 (hora de almoço).

Após o almoço que durou até perto das 14h30, seguimos em direcção a Amarante.

Amarante - Junto ao Rio Tâmega

Começámos por visitar o Museu Amadeo de Souza-Cardoso, onde se viu a exposição "Os Amigos de Amadeo", além da exposição permanente.

Amarante - Museu Amadeo de Souza-Cardoso 

Fomos também à Igreja e Convento de São Gonçalo, onde tivemos uma visita guiada.

Amarante - Igreja e Convento de São Gonçalo

Foi-nos contada a história da igreja e histórias sobre S. Gonçalo de Amarante.

Amarante - Igreja e Convento de S. Gonçalo 

Em Portugal, existe dois santos casamenteiros. Um com o seu trono em Lisboa que é Santo António, e outro situado a norte, S. Gonçalo de Amarante. Para não haver concorrência desleal entre os dois, Santo António encarrega-se das moças, enquanto S. Gonçalo trata das velhas. Santo António, também se especializou numa forma especial de fazer as pazes entre casais brigados.

S. Gonçalo de Amarante é popularmente conhecido como casamenteiro das velhas. De um protesto da juventude nortenha que se julga preterida por este santo, nasceu a seguinte quadra popular:

S. Gonçalo de Amarante
Casamenteiro das velhas
Porque não casas as novas?
Que mal te fizeram elas?

Finda esta visita seguimos de regresso a Vila Real, mas antes não podia faltar a prova dos doces conventuais desta região, numa pastelaria da cidade.

Chegámos ao hotel pelas 19:00.

Depois do jantar fomos passear pelo centro da cidade para ver Vila Real iluminada.

Vila Real - Centro à noite

3º dia - 19 setembro (4ª feira)

Saímos de Vila Real em direcção ao Parque Natural do Alvão. Este dia de manhã foi dedicado a passear pelas belas paisagens deste parque.

Parque Natural do Alvão

Começámos a visita passando pela Cascata de Fisgas de Ermelo junto à freguesia de Ermelo, concelho de Mondim de Basto, na Serra do Alvão, local onde podemos ver uma das maiores quedas de água de Portugal e da Europa, além de uma vista de fazer cortar a respiração.

Cascata natural de Fisgas de Ermelo

A Cascata natural de Figas de Ermelo é simplesmente uma das maiores quedas de água de Portugal e uma das maiores, em dimensões, da Europa fora da Escandinávia, uma vez que não se precipita numa vertical absoluta: aliás, fá-lo através de uma grande barreira de quartzitos que formam um socalco com grande profundidade. As águas separam as zonas graníticas das actuais zonas xistosas das terras em redor.

O desnível desta cascata, são 200 metros de extensão cavados ao longo dos vários milénios da sua existência pelas suas águas calmas, mas perseverantes do Rio Olo que começa no Parque Natural do Alvão.

Seguimos depois em direcção a Lamas de Olo, a meio do trajecto tivemos um pequeno problema com o motorista do autocarro a seguir por caminhos onde não cabia, o que fez com que tivesse de fazer algumas manobras com ajuda de pessoas locais, mas tudo correu na perfeição, chegámos a Lamas de Olo um pouco atrasados, tínhamos à nossa espera dois técnicos do Instituto da Conservação da Natureza e da Floresta. para nos fazer a visita guiada ao local. O grupo foi dividido ao meio. Nós fomos acompanhados por um técnico que mostrava grande sabedoria e clareza nas explicações dadas e com muito interesse em preservar a forma de viver e trabalhar na região, vale a pena ver alguém com grande paixão naquilo que faz.  Em Lamas de Olo além da agricultura existe a criação de bovinos da Raça Maronesa, tratados com todo o rigor para produzir uma boa carne de bovino com as características originais.

Lamas de Olo

Finda a visita ao Parque Natural do Alvão, regressamos a Vila Real para o almoço.

Pelas 15:00 seguimos para Lamego em direcção ao Monte de Santo Estêvão onde se situa o Santuário de Nossa Senhora dos Remédios. Visitámos o santuário e percorremos um pouco da escadaria que vai até ao centro de Lamego.

Lamego - Santuário de Nossa Senhora dos Remédios

Depois desta visita seguimos para o centro de Lamego, pelo caminho passámos pela "Presunteca", uma loja de vinhos, queijos e enchidos, onde tivemos uma degustação destes produtos da região e compra deles.

Presunteca de Lamego

Fomos então passear pelo centro de Lamego. Percorremos vielas tradicionais, a Sé de Lamego e acabámos junto ao Museu de Lamego.

Sé e Museu de Lamego

Pelas 18h30 regressámos a Vila Real. Chegados ao hotel ainda tivemos tempo para descansar antes da hora do jantar.

4º dia - 20 de setembro (5ª feira)

Neste dia fomos fazer o Cruzeiro no Rio Douro.

Saímos do hotel em direcção a Peso da Régua. Antes do Cruzeiro fomos visitar o Museu do Douro, onde nos foi contada uma breve história sobre o Rio Douro e os seus costumes ancestrais.

Peso da Régua - Museu do Douro 

Depois desta visita fomos até ao cais para apanhar o barco da empresa "Transdouro", para o percurso até Pinhão.

Peso da Régua - Cais

A viagem teve início pelas 12:30. Tivemos o almoço a bordo, antes do almoço foi-nos servido um vinho do Porto como aperitivo.

Houve uma 1ª paragem na Barragem de Bagaúste, para fazer uma subida de rio através de um processo de Eclosão. Nesta barragem a subida foi de cerca de 27m. Este processo demorou cerca de 20m.

Barragem de Bagaúste

Depois desta paragem continuámos a nossa viagem até Pinhão onde chegámos pelas 14:45.

A caminho do Pinhão

Saímos do barco e fomos fazer um pequeno passeio por Pinhão, voltámos ao barco para regressar a Peso da Régua. Fizemos nova paragem na Barragem de Bagaúste, desta vez para fazer o ciclo inverso e descer 27m. A descida foi mais espetacular que a subida. Fantástica esta obra de engenharia.

A caminho da Régua

Chegámos a Peso da Régua pelas 18:00 e seguimos para Vila Real onde chegámos já perto das 19:00 para o jantar.

5º dia - 21 de setembro (6ª feira)

No último começámos por uma visita à Adega de Vila Real. Foi-nos feita a apresentação da adega, assim como as várias fases de produção e engarrafamento do vinho. Depois desta apresentação foi-nos oferecido um Porto. Comprámos alguns produtos da adega e azeite de um produtor local que nos foi indicado pelo presidente da adega com quem estivemos um pouco à conversa.

Adega de Vila Real

Finda esta visita fomos para o hotel onde chegámos pelas 11:00. Aproveitámos para dar mais um passeio pelo centro de Vila Real e comprar alguns doces conventuais, mel e pólen da região.

Saímos de Vila Real pelas 15:00 de regresso a Lisboa. Parámos no Porto, em Coimbra e Pombal.

Saída de Vila Real e a caminho de Lisboa

Chegámos a Lisboa cerca das 20h30.

Foram uns dias muito bem passados em boa companhia do grupo e o programa muito bem elaborado. Estes percursos são sempre muito agradáveis. As nossas lindas paisagens, a história, os costumes, a cultura e tudo de bom que temos em Portugal.