Este ano mais uma vez fomos passar uns dias no Minho, desta vez na região de Monção e também fomos dar uma voltinha a Espanha.
1.º dia
Como normalmente acontece, este primeiro dia foi dedicado à viagem até ao local onde iríamos pernoitar.
Parámos para almoçar na Mealhada ao Restaurante Burguesia do Leitão, local a meio da viagem onde aproveitamos para descansar.
Depois de almoço dirigimo-nos então para o nosso alojamento no Cantinho do Cantador em Riba de Mouro, onde chegámos quase ao fim do dia.
2.º dia
Neste dia resolvemos ir até Ourense para nos banharmos nas Burgas, as piscinas termais de Outariz e Canedo.
Capital
Termal da Galiza
Há uma
cidade na Galiza com mais de 2.000 anos de história e famosa pelas
termas nas que é possível tomar um banho tanto de dia como de noite, em
qualquer época do ano. Essa cidade é Ourense, a “Capital Termal da Galiza”. Os
viajantes que vão a suas termas experimentarão uma agradável e relaxante
experiência: meter o corpo na água quente ainda que fora faça frio, ver-se
rodeado de vapor, olhar para cima para ver o céu estrelado...
Fontes
“mágicas”
As fontes
mais famosas de Ourense são as de As Burgas. Situadas em pleno
centro histórico da cidade, a visita vale a pena para ver sair a água a mais de
60º de temperatura. Você encontrará duas: a “Burga de Abaixo” (do século XIX) e
a “Burga de Arriba” (do século XVII). Conta a lenda que quem toca sua água se
acaba casando na cidade...Na esplanada central há também uma piscina termal
gratuita ao ar livre. A experiência de tomar um banho enquanto se contemplam os
monumentos ao redor não é fácil de viver em qualquer lugar... Pode-se completar
também com uma sauna úmida ou com tomar sol no terraço.Ainda há uma coisa mais
que torna esta vivência especial: o poder curativo destas águas. Descoberto
pelos romanos há 2.000 anos, construíram ao lado desta piscina uma casa de
banhos, onde rendiam culto às “ninfas dos mananciais”.
Termas
junto ao rio Minho
Ao
afastar-se do bonito centro histórico da cidade em direção ao rio Minho,
cruzando a Ponte Mayor e uma vez passada a vanguardista Ponte do Milênio
chega-se à área das termas. Aqui o ambiente torna-se muito mais natural, mas a
vontade de tomar um banho relaxante não desaparece. De fato, aqui começa
o Roteiro Termal do Minho: cinco quilômetros de trilha pela beira do rio
que vai passando por diferentes áreas termais com águas de diferentes
temperaturas, algumas gratuitas e outras pagas, com um ambiente tranquilo e
agradável.A área termal mais próxima à cidade é a de A Chavasqueira, que
conta com uma estação termal privada de inspiração japonesa e com piscinas
exteriores de livre acesso. Mais adiante localizam-se outras como Muíño da
Veiga ou a Estação Termal de Outariz, onde também se pode desfrutar
de tratamentos de beleza. Também estão as piscinas de
Outariz e Burga de Canedo, a maior área termal da cidade e de uso
gratuito.
Depois de passarmos duas horas muito agradáveis, nestas águas quentinhas, fomos almoçar quase a meio da tarde a Vigo, e no final regressámos a Riba de Mouro.
3.º dia
Começámos logo de manhã por visitar o Palácio da Brejoeira.
O Palácio da Brejoeira localiza-se
na freguesia de Pinheiros,
na vila e município de Monção, distrito de
Viana do Castelo, em Portugal.
A seis quilómetros a sul de Monção,
inscreve-se em uma vasta propriedade rural, dividida entre 18 hectares de
vinha, oito de bosque e três de jardim. Este sumptuoso palácio constitui-se num expoente das
moradias fidalgas no país.
O Palácio da Brejoeira está
classificado como Monumento Nacional desde
1910.
História
Foi erguido nos primeiros anos do século XIX, tendo as obras se prolongado
até 1834. Embora não haja provas evidentes
sobre quem foi o autor de seu projeto, este tem sido atribuído a Carlos Amarante, à época, um dos mais
importantes arquitetos em
atividade no norte do país, havendo ainda quem defenda que o arquiteto possa
ter sido José da Costa e
Silva, o autor do projeto do Palácio da Ajuda,
em Lisboa, atendendo às semelhanças entre os dois palácios.
Pertenceu inicialmente a Luís Pereira Velho de Moscoso, nascido em
29 de novembro de 1767 e casado com Maria Cleófa Pereira
Caldas, de Badim. O palacete existente no Largo do
Caldas em Lisboa era propriedade da família. Luís de Moscoso foi fidalgo da
casa real o que lhe permitiu obter a autorização do rei D.João VI para a
construção do palácio. Com o falecimento de Luís de Moscoso em 1837 as obras
prosseguiram sob a direção do seu segundo filho, Simão Pereira Velho de Moscoso
(1805-1881),
e estima-se que terão custado cerca de 400 contos de réis. Este morreu sem descendência.
Por falta de parentes próximos, o palácio foi herdado pela família Caldas de
Lisboa. Seguem-se tempos de abandono e degradação.
Por volta de 1901, o palácio foi vendido em hasta pública a Pedro Maria da Fonseca Araújo (1862-1922), presidente da Associação Comercial do Porto, que lhe realizou amplas obras de restauro, projetadas pelo arquiteto Ventura Terra. O imóvel foi enriquecido com um teatro e um jardim de inverno, as paredes do átrio e da escadaria foram revestidas com azulejos, os jardins e o bosque foram reformados, além da construção de um lago. As obras nos jardins e diferentes zonas da quinta foram levadas a cabo pelo horticultor e jardineiro portuense Jacinto de Matos.
Em 23 de junho de 1910 foi classificado como Monumento Nacional.
Em 1937, o edifício foi vendido ao comendador Francisco de Oliveira Paes, um importante industrial de Lisboa, que o oferece à sua única filha, Maria Hermínia de Oliveira Paes, aquando dos seus 18 anos. Após a falência de Dona Hermínia Paes o Palácio foi à praça e foi adquirido pelo seu companheiro Feliciano dos Anjos Pereira que fez construir uma moderna adega e, em 1976, lançou no mercado, com grande sucesso, uma marca própria, o vinho Alvarinho "Palácio da Brejoeira".
Maria Hermínia d’Oliveira Paes residiu na área privada do Palácio até à data do seu falecimento, que ocorreu a 30 de dezembro de 2015.
O palácio pertenceu à sociedade anónima Palácio
da Brejoeira - Viticultores, S.A. criada em 1999 pela última proprietária que
era detido em partes iguais pelos herdeios de Feliciano dos Anjos Pereira e
pelos herdeiros de Maria Herminia Paes.
Em 11 de julho de 2010 o palácio abriu ao
público com visitas guiadas.
Em Abril de 2025, o palácio e a quinta
foram comprados pela família Mirpuri, dona da companhia de aviação Hi Fly.
Características
Construído em estilo neoclássico e com uma planta em
forma de "L", apresenta no entanto ornatos de estilo rococó. As suas
quatro fachadas são limitadas por três torreões que acrescentam uma presença
distintiva e que recorda o Palácio
Nacional da Ajuda, em Lisboa. O corpo central é quase totalmente
revestido a granito e apresenta ao centro um portal alargado e feito saliente
dos corpos laterais, este corpo central é ainda coroado pelo brasão de armas
familiar entre duas balaustradas. No corpo perpendicular à fachada nobre a
decoração torna-se mais severa, não quebrando, no entanto, a harmonia do
conjunto.
No seu interior conserva as salas com
interesse, nas quais a decoração é neoclássica, destacando-se os faustosos
salões com pinturas (entre as quais um retrato de
D. João VI resguardado por um dossel com sanefas e cortinas laterais), frescos
e distinta decoração.
À entrada, grande escadaria nobre,
lançada de um espaçoso átrio. Nas paredes painéis de azulejo de Jorge Pinto,
executados já no século XX, como aliás muitas das obras e alterações que se
efetuaram no início deste século. Possui ainda uma capela e um teatro, este último de forte influência
classicista, marcado pelo uso de colunas caneladas. O pano de fundo cénico
apresenta uma perspetiva da fachada do Palácio da Brejoeira, sendo ladeado por
rompimentos vegetalistas. Existe uma estufa num semi-círculo de vidro e ferro,
acessível através de um patamar da escadaria nobre.
Está rodeado de frondosa mata e
encantadores jardins com magnólias e japoneiras. (fonte: Wikipédia)
No final da visita guiada, houve uma prova de vinho. da região.
Seguimos depois para almoçar em Vale de Poldros marcado previamente. Este restaurante de comida tradicional e muito procurado, foi-nos indicado pela Marta Fernandes a senhora que trabalha no alojamento Cantinho do Cantador e que também trabalha neste restaurante. Foi uma maravilha de refeição servida e confeccionada pela Marta sempre muito atenciosa.
Vale de Poldros é uma aldeia de um homem só. Mas a verdade é que raramente está sozinho neste pequeno pedaço de paraíso, encravado nas serranias do Alto Minho, ainda dentro dos limites dos concelho de Monção.
Isto é fácil de explicar. A aldeia já teve particular importância na economia agropecuária da região. Durante o verão, o espaço era ocupado por pastores e agricultores, tonando-se, por breves meses, um verdadeiro aglomerado habitacional de montanha.
Atualmente, Vale de Poldros é uma atração turística, potenciada pelo restaurante que Fernando Gonçalves, o tal único habitante permanente da aldeia, lá decidiu abrir.
Este pode ser o ponto de partida para uma vista pela região, com paisagens de cortar a respiração e sinais, muitos, das tradições de uma economia nómada, que estiveram na base das muitas brandas (pequeno abrigos de pedra) que ainda se podem identificar pelas cercanias.
A Branda de Santo António de Vale de Poldros é a que, ainda assim, está melhor preservada nas redondezas do Alto Minho, olhando ao longe o rio Vez a qualquer coisa como 1200 metros de altitude. Daí que as vistas sobre toda a envolvente sejam absolutamente fantásticas.
O advento o turismo resgatou muitos destes espaços do anonimato e até da ruína definitiva. Vale de Poldros não fugiu a esta regra.
O ar acolhedor dos pequenos abrigos beneficiou das parecenças com um cenário da conhecida trilogia “O senhor dos Anéis” e aldeia acabou por ser informalmente batizada como “Aldeia dos Hobbits”. Não está na Nova Zelândia, mas ali algures entre Monção e a meio caminho de Melgaço.
As casas, ou cardenhas, construídas em xisto e granito, transformarm-se num espaço de grande valor patrimonial, sendo testemunha de uma vivência cultural e social já desaparecida. O progresso foi implacável com a forma como as comunidades passaram a encarar as atividades agrícolas e de pastoreio.
A antiga transumância em busca da melhor vegetação quase desapareceu, substituída por maquinaria moderna e rações industriais.
Combate ao despovoamento
Mas voltemos ao único habitante de Vale de Poldros. Fernando Gonçalves fez-se à vida na emigração (esteve em Andorra) até regressar ao seu meio natural em 2004, altura em que decide abrir o restaurante. A ideia era contribuir para estancar o imparável despovoamento da região.
A palavra foi passando de boca em boca e o Restaurante e Bar Regional Val de Poldros entrou nos roteiros do Alto Minho, com a dureza das suas paredes de pedra e a pitoresca decoração campestre a envolver a comida tradicional que ainda ali se prepara, como o cabrito ou a sopa de saramagos. Não perca, mas não se esqueça de reservar lugar.
Se desejar rumar à aldeia com o tempo mais ameno, mas com mais agitação, o mês de junho é o ideal. É a altura em que se festeja o Santo António, com centenas de peregrinos a calcorrearem o duro caminho para venerarem o padroeiro.
O futuro parece estar assegurado para Vale de Poldros. De acordo com a Câmara Municipal de Monção, o grande valor patrimonial deste núcleo de povoamento e de muitas das suas construções justifica um esforço para a sua salvaguarda e valorização.
Além da sua importância, sob o ponto onde vista cultural, estas zonas desempenham um papel relevante como motor de desenvolvimento económico e turístico. (fonte: Ekonomista)
Monção é uma vila raiana portuguesa localizada
na sub-região do Alto Minho,
pertencendo à região do Norte e ao Distrito de Viana do Castelo.
É sede do Município de Monção que tem uma área urbana de 8,68 km2 num total de 211,31 km2, subdivido em 24 freguesias, e 17.818 habitantes em 2021 e uma densidade populacional de 84 habitantes por km2
O município é limitado a norte pela região espanhola da Galiza, a leste pelo município de Melgaço, a sul por Arcos de Valdevez, a sudoeste por Paredes de Coura e a oeste por Valença.
O ponto mais alto do município
localiza-se em Santo António de Val de Poldros, a 1114 metros de altitude.
Está localizado a dois quilómetros do
município galego de Salvaterra do Minho, ao qual está ligado por
uma ponte sobre o rio Minho.
Monção teve carta de foral de D. Afonso III datada de 12 de
Março de 1261.
Tornou-se célebre no decurso das guerras fernandinas, devido à enérgica acção de Deu-la-deu Martins, esposa do alcaide local, que conseguiu pôr fim ao cerco que os castelhanos lhe impuseram, atirando-lhes com os seus últimos víveres. É esse o motivo pelo qual ainda hoje aparece, nas armas desta vila, uma mulher a meio corpo, em cima de uma torre, brandindo com um pão em cada uma das mãos; à sua volta surge, numa bordadura, a divisa da vila, corruptela do nome da heroína: «Deus o deu, Deus o há dado». (fonte: Wikipédia)
Visitámos o Museu Monção e Memórias
O Museu Monção & Memórias, equipamento cultural que retrata a história da gente e do território, foi aberto ao público no dia 24 de abril de 2021, no âmbito da Comemoração do 25 de Abril, resultando da requalificação urbanística do Edifício Souto D’El Rei, imóvel datado do século XVII. Localizado na Rua da Independência, o equipamento vem reforçar a oferta cultural e turística do Município de Monção, tratando-se de um espaço que revela muito daquilo que somos como povo. Segundo António Barbosa, Presidente da Câmara Municipal de Monção, “Com o Museu Monção & Memórias, recuperamos o passado, valorizamos o presente, e ganhamos o futuro”.
Com dois pisos, este espaço museológico
retrata a história da gente e do território, albergando o viver e o sentir do
povo monçanense, ao longo dos séculos. Disponibiliza meios interativos,
maquetes, fotografias e vídeos e dá relevância a “Monção no Feminino”, uma área
onde se destaca o papel da mulher na criação e desenvolvimento do nosso
município.No espaço exterior, pode-se apreciar uma obra de arte da autoria de
Bordalo II, a mítica Coca, dragão do imaginário monçanense, feita a partir de
objetos deitados ao lixo. Além de se assumir como elemento central de promoção
cultural e turística do nosso concelho, o Museu Monção & Memórias
distingue-se, igualmente, como um exemplo de reabilitação urbanística. (fonte: Município de Monção)
Depois passeámos pela zona da antiga estação de caminho de ferro, regressando depois a Riba de Mouro para descansar.
4.º dia
Dia de regresso com muita chuva, à passagem pelo Porto parecia que o São Pedro estava zangado pois a quantidade de chuva que caía era tanta que quase não se via a estrada.
Viajando com muito cuidado chegámos à Mealhada e foi novamente onde almoçámos.
Depois desta viagem chegámos a casa já era noite, muito satisfeitos por mais esta viagem pois tudo correu como esperávamos.








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