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Fim de semana em S. Pedro do Sul

Programa de 3 dias pela região de S. Pedro do Sul, Santa Cruz da Trapa, com estadia na Casa Alice Félix.


A Casa Alice Félix é pertença dos SSAP e destina-se a programas para beneficiários no activo ou aposentados e seus familiares. Situada na vila de Sta. Cruz da Trapa, a 11 Km de S. Pedro do Sul é um local excelente para se passar uns dias e visitar a região.

Este programa foi organizados pelos SSAP, já estivemos neste alojamento algumas vezes e gostamos do espaço.


1º dia - sexta-feira (4 novembro)

De viagem de Lisboa até ao local da estadia passámos por Pampilhosa do Botão, no concelho da Mealhada, distrito de Aveiro para visitar uma Casa Rural Quinhentista.

Pampilhosa do Botão - Casa Rural Quinhentista


Pampilhosa do Botão - Casa Rural Quinhentista


A Casa Rural Quinhentista, também referida como "Casa dos Melos" ou "Casa Melo", localiza-se na zona histórica da freguesia da Pampilhosa (Pampilhosa-Alta). Caracteriza-se por uma escadaria exterior com uma varanda sobre pilares de pedra e um celeiro de construção posterior.
Trata-se de um exemplar de arquitetura civil erguido no século XVI, como celeiro das freiras do Mosteiro de Lorvão.
Com a extinção das ordens religiosas masculinas (1834), o celeiro passou a ser conhecido como "Casa dos Melos" ou "Casa Melo", derivado do apelido do caseiro e sua família.
Encontra-se referenciada no Inventário Artístico de Portugal da Academia de Belas Artes.
Encontra-se classificado como Imóvel de Interesse Concelhio desde 1980 pelo Instituto Português do Património Cultural, e como Imóvel de Interesse Público desde 1983.
Objeto de recuperação estrutural, é atualmente administrada pelo Grupo Etnográfico de Defesa do Património e Ambiente de Pampilhosa (GEDEPA), compreendendo os núcleos museológicos do Museu Etnográfico e outros espaços com vocação para exposições temporárias.
O Museu do Porco está instalado num edifício adquirido pela Associação, junto à Casa Rural, onde também funcionam os serviços administrativos. (fonte: Junta de Freguesia de Pampilhosa)


Depois desta visita partimos para o almoço na Mealhada.

De tarde seguimos para a Serra do Buçaco onde tivemos uma visita guiada ao Museu Militar.

Serra do Buçaco - Museu Militar


Seguimos então para o alojamento em Sta. Cruz da Trapa.


2º dia - Sábado (5 novembro)

A programação deste dia foi destinada a visitas na cidade de Viseu.

A primeira visita guiada foi ao novo Museu Keil Amaral aberto ao público no dia Internacional dos Museus 18 de Maio de 2021.

Situado na Casa da Calçada, na zona histórica da Cidade-Jardim, o Museu assume-se como uma viagem pelo percurso de vida de cinco gerações de uma família estreitamente ligada à Arte, em Portugal: os Keil Amaral.

O espaço museológico conta a história de treze elementos da família, desde os seus percursos individuais aos coletivos, entre o séc. XIX e o séc. XX, através de um conjunto de obras da sua coleção privada. "Estamos muito satisfeitos por chegar ao fim deste processo e podermos oferecer mais um Museu à cidade e aos viseenses. Pessoalmente, sinto que cumprimos o nosso dever, já que vamos inaugurar o espaço no Dia Internacional dos Museus, como era a vontade de António Almeida Henriques”, diz Conceição Azevedo, Presidente da Câmara Municipal de Viseu.

Peças de alfaiataria, pautas musicais, maquetes, fotografias, mobiliário, ilustrações, azulejos, esculturas, coleções de cerâmica, instrumentos musicais, ourivesaria, armaria e artesanato são algumas das peças que os visitantes vão poder observar no Museu, que pertenceram à família. Um dos membros, Alfredo Keil, foi o autor do hino nacional, outro dos temas de destaque do Museu.

Um dos ramos da família Amaral teve origem no distrito de Viseu. Francisco Coelho do Amaral Reis nasceu em Canas de Senhorim, em 1873, e desempenhou relevantes cargos políticos durante a primeira República Portuguesa. Entre eles, Governador Civil e Deputado por Viseu.

Leonor Pereira Keil Amaral, nascida em 1973, é bailarina premiada e integrou a Companhia Paulo Ribeiro, entre 1996 e 2014, no Viriato Teatro Municipal.

Situado na Calçada da Vigia, artéria confinante com o Adro da Sé, o edifício patrimonial que acolhe este espólio é datado do século XVIII e classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1978. A sua reabilitação teve início no final do ano de 2014.

O Museu Keil Amaral integrará, assim, a Rede Municipal de Museus, perfazendo um total de oito Museus Municipais. (fonte: Município de Viseu)

Viseu - Museu Keil Amaral


Viseu - Museu Keil Amaral

Finalizada esta visita estava na hora do almoço. Almoçámos perto do largo da Sé.

Depois do almoço estava programada a visita à Casa da Ribeira, como já conhecíamos de outros programas fizemos o nosso.

Fomos então fazer a nossa visita ao Museu Nacional Grão Vasco, que não conhecíamos.

Em nada surpreende que o pintor Vasco Fernandes, celebrizado no decurso dos séculos com o epíteto Grão Vasco, seja a referência maior, na designação e nos conteúdos, do museu de Viseu. Fundado a 16 de Março de 1916, justamente com a finalidade de preservar e valorizar “os valiosos quadros existentes na Sé de Viseu (…) o tesouro do cabido da Sé, além doutros objetos de valor artístico ou histórico”, o Museu Nacional Grão Vasco teve nas dependências da Catedral, sensivelmente até 1938, o seu primeiro espaço.

A Francisco de Almeida Moreira, seu fundador e diretor, deve-se a ampliação das coleções, bem como a conquista progressiva das galerias do edifício contíguo à Catedral, o Paço dos Três Escalões, que à data da fundação do museu acolhia ainda diversos serviços públicos.

A coleção principal do Museu é constituída por um conjunto notável de pinturas de retábulo, provenientes da Catedral, de igrejas da região e de depósitos de outros museus, da autoria de Vasco Fernandes (c. 1475-1542), o Grão Vasco, de colaboradores e contemporâneos. O acervo inclui ainda objetos e suportes figurativos originalmente destinados a práticas litúrgicas (pintura, escultura, ourivesaria e marfins, do Românico ao Barroco), maioritariamente provenientes da Catedral e de igrejas da região, a que acrescem peças de arqueologia, uma coleção importante de pintura portuguesa dos séculos XIX e XX, exemplares de faiança portuguesa, ourivesaria, porcelana oriental e mobiliário. (fonte: Museu Nacional Grão Vasco)

Viseu - Museu Nacional Grão Vasco

Viseu - Museu Nacional Grão Vasco

Estando no largo da Sé e como também não conhecíamos interiormente a Sé de Viseu aproveitámos para a visitar.

A Sé é uma das construções mais antigas de Viseu. Não se sabe ao certo quando se terá iniciado a sua construção. As referências mais antigas datam de 1094-1114, período de governo do Conde D. Henrique, que a terá mandado construir, ou então iniciou obras de reforma da catedral. As características românicas, que hoje apresenta, datarão dessa altura.
A torre do relógio é românico-gótica, a fachada central e a torre dos sinos são maneiristas do séc. XVII-XVIII (autor-arquitecto de Salamanca, J. Moreno). Esta fachada substituiu uma fachada manuelina que existiu até 1635.

No interior da Sé encontramos as colunas encimadas por arcos ogivais, que suportam a abóbada dos nós do séc. XVI (autor João de Castilho).

Os claustros inferiores da Sé datam do séc. XVI; os claustros superiores datam do séc. XVIII. Os vários portais do claustro inferior são românico-góticos.

Os azulejos do claustro da Sé são dos fins do séc. XVI, início do séc. XVII e merecem alguma atenção.

No andar superior da Sé, existe o Museu de Arte Sacra, que é constituído pelo antigo tesouro da Sé e está localizado em dependências dos claustros, nas salas nobres do Cabido, lugar onde terão sido as casas de S. Teotónio, prior da Sé.

Destes cofres de Limoges do séc. XIII, imagens, cruzes, hostiários, relicários e inúmeras peças de ouro e prata constituem o valioso património deste museu. (fonte: Guia da Cidade)

Viseu - Sé Catedral


Viseu - Sé Catedral

Terminando a visita à Sé seguimos para a Casa do Miradouro que também visitámos.

A Casa do Miradouro é o mais emblemático monumento da arquitetura quinhentista em Viseu. Conserva traços do seu caráter primitivo como o portal renascentista. É propriedade municipal e acolhe o espólio arqueológico de José Coelho, ilustre viseense do séc. XX. (fonte: Turismo Centro Portugal)

Viseu - Casa do Miradouro

Viseu - Casa do Miradouro

A história da Casa

A Casa do Miradouro é um edifício localizado no Centro Histórico de Viseu, com construção original datada do século XVI. Casa de habitação de famílias abastadas foi adquirida, na década de 80 do século XX, pela autarquia viseense. Requalificado em 2013 é, desde 2019, sede do Polo Arqueológico de Viseu António Almeida Henriques, serviço que agrega os recursos municipais para a área da Arqueologia. (fonte: Polo Arqueológico de Viseu)


Depois da visita à Casa Miradouro fomos visitar a Igreja e o Museu da Misericórdia.

“A magnificência da Igreja da Misericórdia marca o Adro da Sé e toda a paisagem da cidade. Esta igreja foi edificada no século XVI e assumiu, posteriormente, características rococós e neoclássicas, fruto de requalificações no século XVIII. Na fachada o pórtico encimado por uma varanda de sacada e as janelas decoradas com frontões. No interior, a severidade e simplicidade ganham peso. Não há dourados na talha, surpreendentemente, e a imagem de Nossa Senhora da Misericórdia apresenta-se como o ex-líbris do templo. Destaque para o órgão de talha dourada na parede norte. O Museu da Misericórdia é o núcleo museológico da Santa Casa da Misericórdia de Viseu. Além da história da Irmandade, a coleção de arte sacra e de pinturas dos séculos XVII, XVIII e XIX são, sem dúvida, a joia da coroa. A bandeira de procissão da Misericórdia de Viseu, é da autoria do pintor local José de Almeida Furtado (o Gata).” (fonte: Visite Viseu)

Viseu - Igreja e Museu da Misericórdia

Viseu - Igreja e Museu da Misericórdia

Finda a visita pelo centro histórico, um passeio pelo Jardim de Santa Cristina e visita à Igreja de Nossa Senhora do Carmo.

Viseu - Igreja de Nossa Senhora do Carmo

Terminando este dia de visitas voltámos à casa Alice Félix para jantar.

Depois do jantar fomos até às Termas de S. Pedro do Sul para assistir a um espectáculo de música no Balneário Rainha Dª. Amélia.

Termas de S. Pedro do Sul - Balneário Rainha Dª Amélia



3º dia - Domingo (6 novembro)

Neste último dia, o de regresso, ainda passámos por Leiria onde almoçámos. Depois do almoço, um passeio pelo Jardim Luís de Camões e visita à Sé Catedral.

Leiria - Junto ao Jardim Luís de Camões

Leiria - Sé Catedral













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