Com algum intervalo, forçado, entre os nossos programas, escolhemos a música no Auditório do Museu do Oriente, Lisboa, programa Sonoridades Balcãs com solistas da Orquestra Metropolitana de Lisboa.
Quer a norte quer a sul da Cordilheira dos Balcãs, a música
tradicional do sudeste europeu tem sido ao longo dos tempos um manancial
precioso para compositores com as mais diferentes afinidades estilísticas. Na
companhia da voz de Ana Paula Russo,
os Solistas da Metropolitana
perseguem neste programa peças musicais que evocam explicitamente essas raízes
culturais. Começam com uma peça que se mantém ainda hoje muito popular entre os
trompetistas, mas de cujo compositor, o alemão Carl Höhne, pouco se sabe. A sua
Fantasia Eslava data de 1899.
Abre-se, assim, caminho para o fascínio que
Johannes Brahms tinha pela música cigana proveniente da Hungria, a qual terá
escutado na zona portuária de Hamburgo na sua infância. As Canções Ciganas Op.
103 foram compostas já no final da década de 1880. Na mesma senda, apresenta-se
depois o violino num registo francamente exuberante. Quem não conhece as
Czardas do italiano Vittorio Monti, compostas já no início do século passado?
Segue-se então o clarinete, desta vez com variações em torno de um tema
melódico eslavo assinadas pelo compositor parisiense Joseph Eduard Barat.
Oportunidade, ainda, para ouvir Légende de George Enescu, uma peça pioneira do
repertório para trompete no século XX, e vários outros arranjos para ensemble
baseados nalgumas das músicas tradicionais mais conhecidas daquela imensa
região, com toda a sua riqueza e diversidade. (fonte: Museu do Oriente e Orquestra Metropolitana de Lisboa)

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