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Quinta de Stª Iria e Aldeias Históricas da Beira Baixa

Este ano resolvemos, devido à situação actual, fazer os nossos programas só em Portugal. Assim decidimos passar uns dias no Centro de Lazer da Quinta de Sta. Iria em Teixoso, Covilhã.


1º dia

Para fazer os nossos programas, alugámos carro na Avis, o nosso carro é eléctrico e para percursos maiores, enquanto não houver mais postos de carregamento nas zonas interiores do país, é assim que fazemos. Saímos de Lisboa, nesta fase a Avis tinha reduzido os postos de recolha de veículos, saímos cerca das 10:00 em direcção a Vila Velha de Ródão onde tínhamos marcado um passeio de barco às Portas de Ródão pelas 14h.

Antes do passeio de barco almoçámos no Bar Restaurante Vila Portuguesa, no cais fluvial, onde comemos comida tradicional portuguesa, lagartos de porco preto e maranhos, refeição bem confeccionada e em quantidade.

Vila Velha de Ródão - Bar Restaurante Vila Portuguesa

Após o almoço fomos então fazer o passeio de barco, o percurso vai deste o cais até às Portas de Ródão. Neste passeio além da beleza natural das encostas do rio, vimos também alguma fauna existente neste local, entre eles muitos Grifos (Abutre-fouveiro).

Vila Velha de Ródão - Portas de Ródão

Depois do passeio e recomendado pelo guia do barco fomos visitar o Castelo de Ródão ou Castelo de Vamba, situado numa das colinas sobre o Rio Tejo e as Portas de Ródão, este castelo é conhecido como tendo uma maldição segundo conta a lenda.

Vila Velha de Ródão - Castelo

O Castelo do Rei Vamba, o mais misterioso dos Castelos Portugueses. 

A Maldição do Castelo do Rei Vamba

Diz a lenda que foi construído pelo último Rei Visigodo e situa-se num local belíssimo à beira do Tejo. Tem fama de amaldiçoado e misterioso: o castelo do Rei Vamba.

Reza a lenda que o Rei Vamba era visigodo dono e senhor de um lado da margem do Rio Tejo e inimigo de um rei mouro, que habitava do outro lado. Conta também a história que a mulher de Vamba se terá perdido de amores pelo inimigo, que para a resgatar construiu um túnel por debaixo do rio. Não seria, por certo, a engenharia o principal atributo do rei mouro, que falhou as contas acabando por sair acima do nível das águas, num buraco que ainda hoje lá está, e aos olhos do opositor.

Perante o pânico da mulher, Vamba percebe não ser dele o coração da esposa e decide oferecê-la ao mouro do outro lado do rio. Para a enviar, atou-a à pedra de uma mó e fê-la rolar pela encosta abaixo em direcção ao rio. No sítio onde passou a pedra, dizem os que conhecem a lenda, nunca mais cresceu qualquer vegetação até aos dias de hoje.

Do Castelo temos o privilégio de avistar a magnífica paisagem sobre o Tejo e a imagem da antiga Mina de Ouro Romana Conhal do Arneiro, Monte do Arneiro.

Terminando a visita ao Castelo seguimos para a Quinta de Stª Iria onde pernoitámos nestes dias.

Pertencendo ao Cofre de Previdência, o Centro de Lazer da Quinta de Sta. Iria fica situado apenas a 7 kms da Covilhã, todo o espaço envolvente da quinta, muito calmo e tranquilo proporciona bons momentos de lazer.

Neste primeiro dia e após nos ter sido distribuído o quarto (Renoir), fomos até à Covilhã para passear um pouco por esta cidade que já não visitávamos há muito tempo. De regresso à quinta fomos jantar e depois repousar, para estarmos frescos no dia seguinte.

De regresso à quinta fomos jantar e depois repousar.


2º dia

Começamos o dia com o pequeno-almoço na quinta, para depois nos dirigimos para a Cascata da Fraga da Pena, Arganil, em plena Paisagem Protegida da Serra do Açor, corresponde a um acidente geológico atravessado pela Barroca de Degraínhos, originando um conjunto de quedas de água sucessivas. Esta queda de água tem uma altura de 19 metros.

Cascata da Fraga da Pena

Nas suas margens existem alguns antigos exemplares de carvalho-alvarinho e de castanheiro, para além do medronheiro, do trovisco e dos adernos.

Fizemos aqui uma pequena caminhada até chegar à queda de água, mas valeu a pena pois o local é lindíssimo, muito agradável e refrescante.

Findo este passeio regressámos à estrada para seguirmos em direcção a Piódão dando início à nossa rota das Aldeias Históricas.

Piódão

Chegámos por volta da hora de almoço. Almoçámos no centro da aldeia, num café restaurante de boa gente e muito simpática com comida regional de baixo preço e em quantidade generosa.

Depois de um percurso pelas ruas de Piódão, fomos novamente para a estrada, pelo nosso programa tínhamos a visita a Sortelha, uma aldeia histórica do nosso belo Portugal.

Sortelha

Sortelha é uma das mais belas e antigas vilas portuguesas, tendo mantido a sua fisionomia urbana e arquitetónica inalterada até aos nossos dias, sendo considerada uma das mais bem conservadas. A visita pelas ruas e vielas do aglomerado, enclausuradas por um anel defensivo e vigiadas por um sobranceiro castelo do séc. XIII, possibilita ao forasteiro recuar aos séculos passados, por entre as sepulturas medievais, junto ao pelourinho manuelino ou defronte igreja renascentista.

Vila fronteiriça de fundação medieval, com foral concedido em 1228, Sortelha só perderá este estatuto concelhio com a reorganização administrativa feita pelo estado liberal no séc. XIX. A antiga vila constitui um espaço urbano medieval (séc. XIII-XIV), que encontra nas necessidades defensivas e na organização militar do espaço a sua matriz essencial, bastante alterada com as intervenções ocorridas no período manuelino (séc. XVI) e na centúria de seiscentos. Semelhante estrutura ainda hoje é observável, porque, desaparecidas as exigências defensivas que estão na origem e posterior utilização do castelo medieval, a sua população preferiu progressivamente instalar-se num arrabalde, em zona mais fértil e menos acidentada, não sofrendo, portanto, o espaço dentro de muros adaptação considerável às condições de vida dos séculos mais recentes.

Dois espaços fundamentais configuravam Sortelha. No ponto mais elevado, sobranceiro ao vale e na vertente mais inacessível, situa-se o Castelo: era o pólo exclusivamente militar, bem-marcado pelo perfil destacado da Torre de Menagem; no seu interior ainda se pode ver a Cisterna, para o abastecimento de água e uma Porta Falsa. A serpentear o cabeço e tomando-lhe a forma oval, levantou-se a muralha, no seio da qual se estabeleceu a população da antiga vila. Espaço fechado, comunicava com o exterior por portas abertas a Este - Porta da Vila, Oeste - Porta Nova e Noroeste - Porta Falsa, tendo ainda uma saída de recurso junto ao Castelo. O perímetro defensivo contava além do mais com a Torre do Facho, bem como com outra torre de vigia na Porta da Vila.

A mancha construída revela laboriosa adaptação à extrema irregularidade topográfica, apresentando o conjunto uma disposição em anfiteatro. A malha urbana, pouco densa e composta por quarteirões muito irregulares, estrutura-se a partir de um eixo principal, de ligação entre as portas da Vila, composto pela Rua da Fonte e Rua Direita. Como espaços urbanos mais significativos surgem: o Largo do Corro, amplo terreiro aberto à entrada nascente da Vila, onde se ergue uma árvore secular e se destaca uma Fonte de mergulho medieval ou quinhentista; o Largo do Pelourinho, onde se localiza a Casa da Câmara e Cadeia e o Pelourinho, constituindo além do mais a zona de acesso ao Castelo; o Largo da Igreja, de limites imprecisos e que funciona como articulação viária entre a Rua da Fonte e a Rua Direita; e por fim, um espaço muito específico, formado extramuros, junto à Porta Nova: ladeando o troço da Calçada Medieval, ligação antiga da vila à Ribeira da Cal ao Casteleiro, encontram-se as ruínas da Igreja de Santa Rita, o antigo Hospital da Misericórdia, do séc. XVII (reaproveitamento de uma gafaria medieval) e, junto ao cemitério, a Capela de Santiago.

No que respeita à habitação, domina a casa de dois pisos, construída com materiais da região. Tem planta retangular, localizando-se a loja no piso térreo e a habitação no superior. O acesso faz-se por escada interna de tiro em madeira, ou através de escadas exteriores com patamar e balcão simples, sendo raro o alpendre. O número de portas e janelas é reduzido ao essencial, e muito pontualmente surgem decoradas (janela manuelina, moldura de meia cana, elementos estruturais biselados). Nesta arquitetura rude e discreta destacam-se algumas habitações pôr na fachada exibirem pormenores mais cuidados e que, por vezes, correspondem a uma singular identidade social do ocupante - Casa do Escrivão, Casa do Governador e Casa do Juiz. (fonte: Aldeias de Portugal)

Depois desta visita regressámos à Quinta de Stª Iria, aproveitámos para ver os animais da quinta.


3º dia

Depois do pequeno-almoço, tínhamos programado visitar Belmonte, também considerada uma aldeia histórica.

Belmonte - Museu dos Descobrimentos

O Museu dos Descobrimentos/Centro de Interpretação “À Descoberta do Novo Mundo (DNM)” surge da vontade da Câmara Municipal de Belmonte em dar a conhecer um dos maiores feitos de sempre da História das Descobertas Portuguesas – o Achamento do Brasil.

Este espaço propõe-se dar a conhecer, estudar e divulgar o feito de Pedro Álvares Cabral e a explorar a História da maior nação de expressão portuguesa, que ao longo de cinco séculos construiu-se através de uma extraordinária convivência de culturas.

Visitar o DNM é como fazer uma viagem com mais de 500 anos. É um aproximar à história dos descobrimentos e do Brasil. Por isso esta epopeia foi produzida com o recurso às mais modernas tecnologias e técnicas museográficas de forma a ser entendida e compreendida por todos os públicos, inquietando-os, estimulando-os e dando-lhes a possibilidade de participarem, conhecerem e interpretarem a nossa história. (fonte Museu dos Descobrimentos)

Em seguida percorremos algumas das ruelas que nos levaram até ao Castelo.

Belmonte - Castelo

A construção do Castelo data do século XIII. Em 1258 D. Afonso III autoriza D. Egas Fafe a construir uma Torre no Castelo de Belmonte, no entanto, no local onde se ergue o Castelo, haveria já um sistema defensivo, posto a descoberto com as escavações arqueológicas realizadas no monumento, cuja construção estaria relacionada com as necessidades de repovoamento e de afirmação do poder real de D. Sancho I na região.

D. Afonso V em 1466 doa o Castelo a Fernão Cabral I, tornando-se a residência da família Cabral. As várias transformações efectuadas são ainda visíveis no pano da muralha oeste, com a construção de várias janelas panorâmicas. Destaca-se uma janela de estilo manuelino, da primeira metade do século XVI, encimada por brasão composto por duas Cabras (Cabrais) e seis ruelas (Castros), simbolizando a união de João Cabral Fernandes com D. Joana Coutinho de Castro (fonte: Câmara Municipal de Belmonte)

Belmonte - Castelo

Depois destas visitas, regressámos ao centro de Belmonte para almoçar, e descansar um pouco.

Terra de Pedro Álvares Cabral, situada em plena Cova da Beira e com ampla vista sobre a encosta oriental da Serra da Estrela, a vila de Belmonte justifica plenamente as características que lhe terão dado o nome. Diz a tradição que o nome Belmonte provém do lugar onde a Vila se ergue (monte belo ou belo monte). Porém, há quem lhe atribua a origem de “belli monte” – monte de guerra. Terra solarenga, de boas gentes, paisagens sem fim e uma história de séculos.

A história de Belmonte surge, normalmente, associada à história dos Cabrais e dos Judeus. Foi terra natal de Pedro Álvares Cabral, o navegador, que no ano de 1500 comandou a segunda armada à India, durante a qual se descobriu oficialmente o Brasil.

A presença humana no atual concelho de Belmonte está comprovada desde as épocas mais remotas. A Anta de Caria, os Castros de Caria e da Chandeirinha certificam a longevidade da fixação na pré e proto-história. A presença romana é também evidente pelos testemunhos da Torre Centum Cellas ou pela Villa da Quinta da Fórnea, pontos de passagem da via que ligava Mérida à Guarda.

Na Idade Média Belmonte surge-nos, primeiramente, ligado à história do concelho da Covilhã, concretamente, no foral concedido em 1186 por D. Sancho I. Mas, em 1199, de acordo com a sua política de povoamento e reforço da defesa fronteiriça, o mesmo rei concedeu foral a Belmonte ficando esta até 1385 sob jurisdição da Covilhã.

No século XIII, a vila encontrava-se já em franco desenvolvimento justificando a existência de duas Igrejas - a de São Tiago e de Santa Maria (perto do velho cemitério, junto ao Castelo) e de uma Sinagoga.

Embora pertencendo à Coroa, o Castelo de Belmonte era administrado por um alcaide local e já desde 1398 que este cargo estava ligado aos Cabrais.

O primeiro alcaide foi Luís Alvares Cabral. Fernão Cabral, pai de Pedro Alvares Cabral, foi o primeiro alcaide-mor. Com ele se iniciou, no século XV, a época de maior destaque do Castelo e de Belmonte. Em 1510 D. Manuel I concedeu a Belmonte nova carta de foral. Nessa altura a comunidade de Belmonte era essencialmente rural, dependente da pecuária e da agricultura. A presença de Judeus favoreceu também a existência de algum comércio.

Na primeira metade do século XVI o Concelho de Belmonte tinha "de termo duas léguas em longo e uma de largura" sendo a vila que na comarca de Castelo Branco tinha a maior densidade populacional em vizinhos a seguir à Atalaia. Em meados do século XVIII a população de Belmonte contava já com cerca de 1416 habitantes.

Em 1811 estava judicialmente anexa a Sortelha (que tinha Juiz de Fora) na Comarca, Provedoria e Diocese de Castelo Branco. E, em 1842 pertencia ao Distrito Administrativo da Guarda.

Com a reforma administrativa de 1855, o Concelho de Belmonte foi alargado pela incorporação de Caria. Mas a 7 de dezembro de 1895 este concelho foi extinto, tendo as suas freguesias sido anexadas à Covilhã. Apenas três anos depois foi restaurado o Concelho de Belmonte (fonte: Aldeias Históricas de Portugal)

Após o almoço visitámos o Museu do Azeite de Belmonte.

Belmonte - Museu do Azeite

O principal objectivo deste equipamento, é dar a conhecer ao visitante as técnicas da produção do Azeite e a importância que este teve na economia local.

O Museu desenvolve-se em três pisos, contando no exterior com uma área de Lazer, com a preservação de um olival e onde se localizarão a maioria dos suportes informativos, com os seguintes temas: "A Oliveira e a Civilização", "A Oliveira em Portugal", "Olivais da Cova da Beira", "A importância Ecológica do Olival", "Ciclo anual da cultura da oliveira e produção de azeite" e "Introdução à tecnologia do Lagar de Belmonte". (fonte: Câmara Municipal de Belmonte)

Terminando esta visita seguimos para Comeal da Torre nos arredores de Belmonte para ver um monumento histórico as Ruínas Romanas de Centum Cellas.

Belmonte - Ruinas Romanas de Centum Cellas

Torre de Centocelas (em latim: Centum Cellas, Centum Cellæ, Centum Celli, ou Centum Cœli), antigamente também denominada como Torre de São Cornélio, localiza-se no monte de Santo Antão, freguesia do Colmeal da Torre, concelho de Belmonte.

Trata-se de um singular monumento lítico atualmente em ruínas que, ao longo dos séculos, vem despertando as atenções de curiosos e estudiosos, suscitando as mais diversas lendas e teorias em torno de si.

Uma das tradições, por exemplo, refere que a edificação teria sido uma prisão com uma centena de celas (donde o nome), onde teria estado cativo São Cornélio (donde o nome alternativo).

Sobre a sua primitiva função, acreditava-se que pudesse ter sido um prætorium (acampamento romano). Entretanto, campanhas de prospecção arqueológica na sua zona envolvente, empreendidas na década de 1960 e na década de 1990, indicam tratar-se, mais apropriadamente, de uma uilla, sendo a torre representativa da sua pars urbana, estando ainda grande parte da pars rustica por escavar. (fonte: Wikipédia)

Depois desta visita seguimos para a Covilhã, onde passeamos um pouco pelo centro.


4º dia

Neste dia começámos por Penha Garcia outra aldeia histórica.

Penha Garcia

Na Beira Baixa, a poucos quilómetros de Espanha, uma povoação típica espraia-se pela encosta da serra. A sua posição privilegiada de defesa terá sido um dos motivos da fixação neste lugar de um povoado neolítico, mais tarde transformado num castro lusitano e, depois, numa povoação romana. Mas não terá sido menor a atracção exercida durante séculos pela existência de ouro por explorar no leito do rio Pônsul. Hoje, os principais atractivos para quem visita Penha Garcia são, sem dúvida, a vista deslumbrante que rodeia a vila, a originalidade do seu castelo, empoleirado no cimo da penha, e as marcas que a natureza e a história deixaram neste lugar.

As Muralhas de Penha Garcia

Construído, possivelmente, no reinado de D. Sancho I para ajudar a proteger a fronteira portuguesa das investidas de Leão, o castelo de Penha Garcia foi doado por D. Dinis aos Templários mais de cem anos depois, regressando à posse da coroa no século XVI, com a extinção das ordens.

Vale a pena subir ao cimo da penha para percorrer as imponentes muralhas e observar a magnífica paisagem que rodeia a povoação. As pedras contam-nos a lenda de que, naquele lugar, vagueia ainda o fantasma do antigo alcaide do castelo, D. Garcia. Depois de raptar a filha do governador de Monsanto, D. Branca, o nobre terá sido capturado e condenado à morte. Mas os apelos de D. Branca por misericórdia, valeram-lhe a redução da pena. Condenado a ficar sem um braço, D. Garcia é ainda hoje conhecido por "o decepado". (fonte: Centro de Portugal)

Depois do percurso em Penha Garcia seguimos para a Aldeia Histórica de Monsanto, a chamada "Aldeia mais Portuguesa de Portugal".

Como já se conhecia Monsanto, seguimos até ao Castelo, para mais uma vez apreciarmos a vista deslumbrante sobre a Beira Baixa.

Monsanto

Alcandorada num cabeço que se impõe ao olhar na maior parte dos horizontes, a Aldeia Histórica de Portugal de Monsanto detém um encanto singular, para o que contribuem os dois títulos atribuídos no séc. XX – Aldeia Mais Portuguesa de Portugal, em 1938, e o de Aldeia Histórica em 1995. Ícone turístico da região, Monsanto é uma experiência peculiar para quem a visita. Concederam-lhe foral D. Afonso Henriques, D. Sancho I, D. Sancho II e D. Manuel. A parte mais antiga está n ponto mais alto, onde s Templários construíram uma cerca com uma torre de menagem.

Monsanto situa-se a nordeste das Terras de Idanha, aninhada na encosta de uma elevação escarpada - o cabeço de Monsanto (Mons Sanctus) - que irrompe abruptamente na campina e que, no seu ponto mais elevado, atinge 758 metros. Pelas várias vertentes da encosta e no sopé do monte, existem lugarejos dispersos, atestando a deslocação populacional em direção à planície.

Trata-se de um local muito antigo, onde se regista a presença humana desde o paleolítico. Vestígios arqueológicos dão conta de um castro lusitano e da ocupação romana no denominado campo de S. Lourenço, no sopé do monte.

Vestígios da permanência visigótica e árabe foram também encontrados.

D. Afonso Henriques conquista Monsanto aos Mouros e em 1165 faz a sua doação à Ordem dos Templários, que sob as ordens de D. Gualdim Pais, mandou edificar o Castelo. O primeiro Foral foi concedido por este rei em 1174, sucessivamente confirmado por D. Sancho I (1190) e D. Afonso II (1217). A D. Sancho I se deve também a repovoação e reedificação da fortaleza, desmantelada nas lutas contra Leão, novamente reparadas um século depois pelos Templários. D. Dinis deu-lhe Carta de Feira em 1308, a realizar junto da ermida de S. Pedro de Vir-a-Corça. El-Rei D. Manuel I outorgou-lhe Foral Novo (1510) e deu-lhe a categoria de vila. Em meados do séc. XVII, D. Luís de Haro, ministro de Filipe IV, tenta o cerco a Monsanto, sem sucesso. Mais tarde, no início do século XVIII, o Duque de Berwick cerca também Monsanto, mas o exército português, comandado pelo Marquês de Minas, derrotou o invasor nos contrafortes da escarpada elevação.

Convida-se para uma visita ao que resta do poderoso Castelo na escarpada encosta onde se pode observar a alcáçova, a cintura de muralhas e torres de vigia, bem como as belíssimas ruínas da Capela de S. Miguel do séc. XII, e a Capela de Santa Maria do Castelo.

A gloriosa resistência aos invasores (romanos ou árabes - não se sabe bem) comemora-se na Festa de Santa Cruz, deitando-se das muralhas do castelo simbólicos cântaros com flores, levando as mulheres ao cimo das torres as tradicionais bonecas de trapos - as marafonas.

A Capela de S. Pedro de Vir-à-Corça ou Ver-a-Corça, Imóvel de Interesse Público, situada na base do monte nos arredores da povoação, entre os lugares de Eugénia e Carroqueiro, é um templo românico construído em granito, datando provavelmente do séc. XIII, em que se destaca uma rosácea. Em seu redor se realizava a feira autorizada por D. Dinis em 1308.

A Estação Arqueológica romana de São Lourenço, Imóvel de Interesse Público, situada na Freguesia de Monsanto, corresponde presumivelmente a uma vila romana que integra um complexo termal. são também conhecidos quatro túmulos romanos em granito. Perto do local das ruínas, vê-se também um troço de pavimento. (fonte: Aldeias Históricas de Portugal)

Monsanto

Finda a visita a Monsanto, dirigimo-nos para Alpedrinha para visitarmos o Palácio do Picadeiro, pena que estivesse fechado devido à pandemia. Deu para no exterior verificar a sua beleza.

Alpedrinha - Palácio do Picadeiro

Foi construído no séc. XVIII por um magistrado, mas a obra ficou por terminar porque se foi esgotando o dinheiro. O edifício teve vários donos e desempenhou várias funções. Foi sede de um tribunal, hospital e até tipografia do jornal Estrela da Beira, em meados do séc. XIX.

Durante muitos anos esteve ao abandono e há menos de uma década foi recuperado e transformado num espaço de divulgação cultural.
Tem uma sala dedicada a trabalhos de marcenaria, com a técnica de embutidos de madeira para efeitos decorativos.

O pátio é vizinho de outro ícone da vila e é também um belo exemplo de cantaria: o chafariz D. João V. É enorme, de granito e com trabalho pormenorizado em cada face onde estão as três bicas. O chafariz, segundo a referência registada no site do IPPAR foi mandado edificar por D. João V em 1714, este chafariz barroco, designado como um doa maiores do país, foi traçado sobre a calçada romana, segundo um projecto da autoria de Valentim da Costa Castelo Branco, um engenheiro do Exército natural de Alpedrinha. (fonte: Sapo Viagens)

Depois desta passagem fomos até ao Fundão para comprar as belíssimas cerejas, estava na época delas. Regressámos à Quinta de Stª Iria para jantar e arrumar a mala, este foi o último dia na quinta, no dia seguinte estávamos de regresso a casa, com a ideai de voltar pois gostámos muito deste espaço de férias e descanso.


5º Dia

Depois da despedida à quinta, seguimos para Castelo Branco, o programa para este dia era visitar a aldeia de xisto de Sarzedas.
Vimos poucos vestígios de xisto, mas deu para ver a Igreja Matriz de Sarzedas, o Pelourinho e a Torre Sineira.

Sarzedas

Seguindo em direcção a Lisboa, parámos em Abrantes, junto ao rio Tejo, no Aquapolis - Parque Urbano e Ribeirinho de Abrantes, onde almoçámos.

Abrantes - Aquapólis

Depois de almoço fizemos o restante percurso até Lisboa onde entregámos o carro na Avis e o Luis nos levou até a casa.

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